“Está aberto o caminho para se saber a verdade do que se passou na CGD”
José Matos Correia, presidente da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, reconhece a "elevada preocupação com a perceção pública dos trabalhos" desta comissão.
A Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e à gestão do banco tem sido de “difícil” gestão, mas está a conseguir dar passos importantes para o conhecimento dos fatores que levaram o banco público à situação em que está.
Quem o diz é José Matos Correia, o deputado social-democrata que preside à comissão e que, em entrevista ao Público (acesso condicionado), admite a preocupação com este trabalho. “Não lhe vou esconder que tenho uma elevada preocupação com a perceção pública do trabalho da CPI, por um lado, mas também dos resultados“, diz. Isto por a “significativa oposição ou antagonismo entre os grupos parlamentares que requereram a comissão” tem “tornado muito difícil a gestão da CPI”.
Contudo, e apesar do “momento delicado” provocado pelos responsáveis da CGD que se recusam a entregar os documentos solicitados pela comissão (incluindo a lista dos maiores devedores), os deputados têm conseguido vitórias importantes. Desde logo, com as decisões do Tribunal da Relação de Lisboa, que determinou a entrega destes documentos.
"É a primeira vez que um tribunal diz de forma tão clara que o interesse público se sobrepõe ao segredo bancário.”
“É a primeira vez que um tribunal diz de forma tão clara, por duas vezes e com juízes diferentes, que o interesse público no conhecimento da verdade se sobrepõe ao segredo bancário e a segredo de supervisão. Está aberto o caminho para se poder ter acesso a documentação que é importante para se ficar a saber a verdade do que se passou na CGD, porque é que se chegou a um nível de imparidades tão elevado”, salienta Matos Correia.
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