Marcelo diz que Administração Pública está “desfalcada de recursos humanos” e foi “esticada até ao limite”
No programa de televisão Circulatura do Quadrado, o Presidente da República pediu uma execução com “taxa máxima” do PRR e diz que a Função Pública foi “esticada até ao limite”.
No rescaldo do debate do Estado da Nação, Marcelo Rebelo de Sousa esteve esta quarta-feira no programa de televisão da TVI24 Circulatura do Quadrado e exprimiu algumas preocupações em relação ao futuro.
O Presidente da República disse estar preocupado com o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) e pediu “uma taxa máxima de utilização” dos fundos que virão de Bruxelas. Parte desse dinheiro irá para a Administração Pública.
Sobre este tema, e depois de ouvir António Lobo Xavier a pedir uma fatia maior de dinheiro para as empresas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que atualmente “temos uma Administração Pública muito debilitada por causa da pandemia”, acrescentando que “em termos de recursos humanos a Administração Pública está desfalcada”.
Deu o exemplo de “gabinetes de estudo e de planeamento que sofreram um grande desgaste, com saídas, com pessoas a irem para a reforma e com a concorrência do setor privado”. O Presidente da República antevê que “não vai ser fácil” inverter esta situação, sendo que os fundos europeus “não são uma panaceia” para resolver o problema.
“Todos sofreram [com a pandemia], as empresas privadas também sofreram, mas a Administração Pública foi esticada até ao limite. Para os profissionais de Saúde foi desgastante, mas foi para todos. Muitas pessoas estão exaustas e tiveram de reformular os projetos pessoais e profissionais”.
Marcelo reconhece que o setor empresarial também atravessa dificuldades, mas aqui apontou o dedo à dimensão das empresas, recordado que o país tem um tecido empresarial com cerca de 400 mil empresas “mais relevantes” e que com mais de 10 trabalhadores “são apenas 200 mil empresas”.
“Há um problema de recapitalização e redimensionamento, mas aí o setor privado tem de desempenhar um papel decisivo”, recomendou o Presidente da República, recordando as várias leis que foram aprovadas para facilitar as fusões e aquisições de empresas.
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