Colaboradores da Dielmar podem transitar para outras empresas de Castelo Branco, diz presidente da autarquia

"Estão a ser feitos contactos para transitar os 300 colaboradores da Dielmar para outras empresas da região de Castelo Branco que têm falta de mão-de-obra", adianta ao ECO, José Augusto Alves.

O encerramento da Dilemar, ao fim de 56 anos de atividade, vai ter um impacto regional relevante no emprego ao atirar três centenas de colaboradores para o desemprego. O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, José Alves, explica ao ECO que está em cima da mesa a hipótese de recolocar os 300 colaboradores da Dielmar noutras empresas da região.

“Já estão a ser feitos contactos para transitar os 300 colaboradores da Dielmar para outras empresas da região de Castelo Branco que têm falta de mão-de-obra. Esta transição para outras empresas do concelho, de outras áreas, é uma forma de atenuar a situação do impacto económico do fecho da Dielmar“, adianta ao ECO, o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.

A histórica empresa de vestuário, localizada em Alcains, tentou evitar a insolvência e nos últimos meses, a gestão da Dielmar alertou o poder político, central e local, para o risco de insolvência da empresa. José Alves esclareceu ao ECO que “imediatamente após o pedido foi realizada uma reunião com a administração da empresa”, mas destaca que “não pode ser a autarquia a fazer esse trabalho, mas sim o Governo”.

De acordo com o autarca, a insolvência “era uma situação que se vinha a desenhar de há uns tempos a esta parte”, pelo que “era expectável”. No entanto, realça que é “lamentável chegarmos a este ponto”. “A Câmara Municipal tem estado sempre a acompanhar esta situação, no entanto, aquilo que não queríamos que acontecesse, aconteceu”, afirma José Augusto Alves.

O autarca destaca ainda que a empresa pediu uma reunião com o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, mas que “até à data não tiveram qualquer tipo de resposta”. Para além do mais, o presidente da autarquia refere que foi feito um pedido de apoio ao Banco de Fomento por parte da administração da Dielmar, mas que “não foi diferido favoravelmente”. “Esta recusa foi muito má para a empresa, tendo em conta que iria atenuar a situação da Dielmar”, explica o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.

A decisão de insolvência, prende-se essencialmente com os efeitos da pandemia de Covid-19, contaminada por um conjunto de situações que foram letais. A empresa justifica em comunicado que “esta crise atacou, globalmente, o que de melhor sustentava a atividade: o convívio social, os eventos e casamentos, com a elegância, o glamour da alfaiataria por medida e a personalização em que nos especializámos e o trabalho profissional no escritório que eram a base fundamental do negócio da Dielmar”.

Até março, a empresa liderada por Ana Paula Rafael faturou pouco mais de 700 mil euros, quando no ano anterior tinha registado um volume de negócios da ordem dos cinco milhões de euros. A unidade fabril entrou em período de férias no final de julho, mas a gestão entendeu que não teria condições para manter o pagamento de salários a partir de agosto.

Perante o desfecho da maior empregadora da região de Castelo Branco, o autarca destaca que é “uma situação lamentável e trágica para a região de Castelo Branco e para o país, tendo em conta que é uma marca de referência nacional e internacional”.

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