Ainda há 101 concelhos sem farmácias com testes comparticipados pelo Estado
No espaço de um mês, há já 461 farmácias e 106 laboratórios com testes pagos pelo Estado. Apesar de a lista ter vindo a aumentar, ainda há 101 concelhos sem qualquer comparticipação.
Há cerca de um mês, o Governo decidiu comparticipar a 100% a realização de testes rápidos de antigénio. Semanalmente a lista tem crescido, havendo já 461 farmácias e 106 laboratórios abrangidos por esta medida. Contudo, ainda há 101 municípios sem qualquer comparticipação, segundo o balanço realizado pelo ECO.
A 1 de julho os testes rápidos de antigénio à Covid-19 passaram a ser comparticipados a 100% pelo Estado. Esta medida prevê que sejam realizados, no máximo, quatro testes por mês nas farmácias ou laboratórios aderentes, sendo que este regime excecional não se aplica aos utentes com o esquema vacinal completo há pelo menos 14 dias, às pessoas que contraíram a infeção há menos de 180 dias e aos menores de 12 anos.
Semanalmente o Infarmed e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) fazem a atualização à lista, sendo que atualmente há 461 farmácias e 106 laboratórios abrangidos por esta medida de norte a sul de Portugal, e espalhados por 177 concelhos.
Assim, de acordo com o balanço realizado pelo ECO, entre os 278 concelhos em Portugal Continental, ainda há 101 municípios que não têm qualquer farmácia ou laboratório abrangidos por esta comparticipação, o que representa 36,3% do território nacional, ou seja, mais de um terço do território nacional.
Não obstante, importa salientar que a lista tem aumentado, semana após semana. Se compararmos com o período inicial, no espaço de um mês há mais 315 farmácias que aderiram à iniciativa, já que no início o programa contava com apenas 146 farmácias aderentes. Ou seja, atualmente o número de farmácias é três vezes superior. Além disso, verifica-se também uma maior cobertura territorial, uma vez que nessa altura existiam 187 municípios sem qualquer farmácia abrangida por esta comparticipação, tal como noticiou o ECO.
Importa ainda referir que esta lista é “dinâmica”, pelo que pode ser alargada “à medida que mais estabelecimentos mostram disponibilidade para esta prestação”, tal como explicou o INSA. O objetivo passa por incentivar a testagem em massa da população, numa altura em que rápida disseminação da variante Delta tem levado a um aumento do número de infeções em Portugal nos últimos meses.
Certo é que a procura por testes rápidos tem aumentado e deverá manter-se tendo em conta que o Governo decidiu alargar a exigência de apresentação de certificado digital ou teste negativo à Covid-19 a mais setores, como ginásios, para aulas de grupo; termas e spas; casinos e bingos; e eventos culturais, desportivos ou corporativos com mais de 1.000 pessoas (em ambiente aberto) ou 500 pessoas (em ambiente fechado) e casamentos e batizados com mais de 10 pessoas.
Além disso, mantém-se a utilização do certificado digital (ou o teste negativo) para as viagens por via aérea ou marítima, para o acesso aos estabelecimentos turísticos e alojamento local e para os restaurantes (neste último caso para acesso ao interior destes espaços a partir das 19h de sexta-feira e durante todo o dia aos fins de semana e feriados).
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