Indústria desacelera em junho mas supera níveis pré pandemia
Junho ficou marcado pelo crescimento do volume de negócios na indústria, com o mercado externo a destacar-se. No conjunto do segundo trimestre, registou-se um aumento homólogo de 35%.
O volume de negócios na indústria voltou a crescer, mas desacelerou em junho. Em causa está um salto de 18,5% face ao período homólogo de 2020, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE), esta segunda-feira. Também em comparação com o mesmo mês de 2019 há a notar uma variação positiva (5,3%), o que significa que a indústria está acima dos níveis pré-pandemia.
“O índice de volume de negócios na indústria apresentou um crescimento homólogo nominal de 18,5% em junho”, adianta o INE, ressalvando que este aumento acentuado “continua a refletir um efeito base, dado que a comparação incide em meses muito afetados pela pandemia”. Ainda assim, comparando junho de 2021 com junho de 2019, o índice agora registado é superior em 5,3%.
Já se compararmos com a variação homóloga verificada no mês anterior, há a destacar uma desaceleração de 19 pontos percentuais (p.p.). O INE detalha que tal evolução se deu “com maior intensidade no mercado externo”. “A variação do índice relativo ao mercado externo situou-se em 25,7% (56,2% em maio), contribuindo com 10,3 p.p. (20,6 p.p. no mês anterior)”. No mercado nacional, a variação face ao período homólogo foi de 14%, quando em maio tinha sido de 26,8%. ” Face a junho de 2019, as vendas na indústria para este mercado [nacional] situaram-se 4% acima”, acrescenta a nota conhecida esta manhã.
Em maior detalhe, em junho, os bens intermédios “apresentaram o maior contributo para a variação do índice” de volume de negócios na indústria, já que, neste agrupamento, junho foi sinónimo de um aumento de 32,7%. O INE adianta também que “a energia e os bens de consumo desaceleraram 5,7 p.p. e 18,1 p.p., respetivamente, para taxas de crescimento de 26,3% e 10,9%, contribuindo com 5,0 p.p. e 3,3 p.p. para variação do índice agregado”. Já os bens de investimento recuaram 4,5%, no sexto mês de 2021.
Quanto ao emprego, remunerações e horas trabalhadas, junho trouxe aumentos de 0,4%, 7,8% e 6,7%, respetivamente. Em todos os casos, verificou-se uma desaceleração.
No conjunto do segundo trimestre do ano, as vendas na indústria registaram um aumento homólogo de 35% e fixaram-se em níveis semelhantes àqueles registados no mesmo período de 2019. Nos primeiros três meses do ano — período marcado pelo agravamento da pandemia e pelo confinamento –, a variação tinha sido de 1,1%, o que significa que houve agora uma aceleração.
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