86% gestores acredita que colaboradores vão tornar-se mais independentes e influentes no futuro
Um estudo recente da Deloitte, revela que 86% dos gestores de empresas acredita que, no futuro, os colaboradores serão mais independentes e mais influentes na relação com os seus empregadores.
Depois de meses com os colaboradores em casa a trabalhar remotamente e a desenvolver uma maior autonomia, as relações no seio de uma empresa poderão nunca mais ser as mesmas após a pandemia de Covid-19. Cerca de 86% dos gestores de empresas acredita que, no futuro, os colaboradores irão tornar-se mais independentes e mais influentes na relação com os seus empregadores, segundo o estudo “A relação disruptiva Colaborador-Empregador: se não somos uma família, o que somos?”, da Deloitte.
No futuro a relação entre colaboradores e empregadores passará pelo “planeamento do trabalho”, que será “a prioridade executiva mais urgente e isso afeta a forma como as organizações recrutam, capacitam, apoiam e interagem com os seus colaboradores”, defende Nuno Carvalho, partner da Deloitte, citado em comunicado.
À medida que as organizações implementam estratégias de regresso ao local de trabalho, devem tomar medidas deliberadas para definir e remodelar a relação colaborador-empregador, que foi permanentemente alterada pela pandemia.
“À medida que as organizações implementam estratégias de regresso ao local de trabalho, devem tomar medidas deliberadas para definir e remodelar a relação colaborador-empregador, que foi permanentemente alterada pela pandemia”, diz ainda.
Do outro lado do espetro, 63% dos colaboradores inquiridos acreditam que o relacionamento com os seus respetivos empregadores se fortalecerá ou permanecerá inalterado. “Enquanto os colaboradores reconsideram tudo, desde para quem querem trabalhar até ao papel que esperam que os empregadores desempenhem nas questões mais urgentes da sociedade, as organizações analisam como é que isso se cruza com o seu propósito e em como equilibrar as necessidades dos acionistas e diferentes stakeholders“, refere o estudo.
A investigação conduzida pela consultora revela também os próprios governos terão uma forte influência na futura relação entre colaboradores e empregadores.
“A ação dos governos terá impacto sobre os papéis de colaboradores e empregadores no novo mundo do trabalho. Políticas públicas e regulamentações que protegem empregos e salários, aumentando as redes de segurança social e benefícios, melhorando o acesso à educação ou investindo em requalificação podem diminuir a dependência dos colaboradores em relação aos seus empregadores“, sublinha o estudo.
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