TAP reduz prejuízos para 493,1 milhões na primeira metade do ano

Companhia aérea nacional sublinha que "a atividade no primeiro semestre de 2021 manteve-se bastante afetada pelos efeitos da pandemia e consequentes restrições à mobilidade".

A TAP registou prejuízos de 493,1 milhões de euros na primeira metade do ano, o que se traduz numa melhoria de 88,8 milhões de euros quando comparado com o período homólogo, revelam os resultados semestrais divulgados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta sexta-feira.

A companhia aérea nacional sublinha que “a atividade no primeiro semestre de 2021 manteve-se bastante afetada pelos efeitos da pandemia e consequentes restrições à mobilidade”.

O primeiro trimestre, altura em que Portugal enfrentou um confinamento geral, foi o que mais pesou nos resultados. A receita total do semestre, que foi de 383,1 milhões de euros, foi “muito afetada pelas restrições do 1T21 [primeiro trimestre de 2021], com um decréscimo de 40,7% quando comparada com o mesmo período de 2020 e 73,6% abaixo do primeiro semestre de 2019”, sinaliza a empresa.

Já os custos operacionais totais atingiram os 760,5 milhões de euros no semestre, um “decréscimo de 313,1 milhões (-29,2%) quando comparado com o 1S20, explicado maioritariamente pela redução material nas seguintes rubricas: custos com combustível (-40,4%), custos operacionais de tráfego (-43,7%), custos com pessoal (-8,6%), e depreciações e amortizações (-20,8%)”, explica a TAP.

A empresa justifica a redução de custos com as medidas de restruturação executadas, nomeadamente da diminuição do quadro de colaboradores. “Desde 31 de dezembro de 2020 um total de 1.302 colaboradores saiu da Empresa, o que representa uma redução de 16% na força de trabalho -, e da negociação dos acordos com os sindicatos através dos quais se definiram revisões salariais”, nota.

De referir que a transportadora aérea ainda aguarda a aprovação do plano de restruturação do Grupo TAP pela Comissão Europeia, “enquanto continua a desenvolver e a executar medidas para diminuir custos”.

A TAP recorda ainda o aumento de capital de 462 milhões de euros, que “quase compensou o resultado líquido negativo do semestre”. Nesta operação, “o capital social da TAP aumentou de 41,5 milhões para 503,5 milhões, e a República Portuguesa, através da DGTF, tornou-se um acionista direto da TAP com uma participação de cerca de 92% no capital social da Empresa, sendo os remanescentes cerca de 8% diretamente detidos pela TAP – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (“TAP SGPS”)”, explica o comunicado.

TAP vê “sinais positivos de recuperação” da atividade

Apesar de continuar a registar prejuízos no primeiro semestre do ano, a companhia aérea nacional sublinha “sinais positivos de recuperação da atividade” durante o trimestre de abril a junho. No segundo trimestre de 2021, “a TAP transportou 928 mil passageiros, mais 136% do que no trimestre anterior” e o número de voos mais do que duplicou face ao trimestre anterior.

Quanto ao ASK (Available Seat/Km, ou lugares oferecidos por km voado), um indicador usado na indústria do transporte aéreo, este viu um aumento de 124%, sendo que o RPK (Revenue Per Km, ou receita por km voado) cresceu 116%. Já as “receitas totais do trimestre ascenderam aos 233 milhões de euros, mais 83 milhões que no trimestre anterior”.

A TAP lembra ainda que, no segundo semestre, “continuou a execução do Plano de transformação da Companhia, com redução da frota (com saída de aviões mais velhos) e redução dos custos operacionais”.

(Notícia atualizada às 17h45)

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