É preciso “reforçar a presença internacional” do têxtil nacional, diz João Neves
As empresas portuguesas de têxtil e vestuário estão em força na Munich Fabric Start. O secretário de Estado da Economia realça que "Portugal sabe fazer, tem design, preço e proximidade aos mercados".
O secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, que está a acompanhar a comitiva lusa na Munich Fabric Start, considera que este tipo de feiras tem uma”grande importância para o desenvolvimento das exportações” e que é um sinal claro de que o setor está a arrancar. João Neves realça ainda que Portugal está bem posicionado, mas que é necessário “reforçar a presença internacional”.
Da confeção aos tecidos, na Munich Fabric Start estão 31 empresas portuguesas de setor têxtil e vestuário. Para o secretário de Estado Adjunto e da Economia, este número é “a demonstração da enorme capacidade do tecido industrial português (…) Num momento muito difícil as empresas estão presentes para mostrar que o cluster está vivo e que temos produtos que correspondem ao que o mercado precisa”, destaca João Neves, em declarações aos jornalistas na feira, em Munique.
Para o secretário de Estado Adjunto e da Economia, “Portugal sabe fazer, tem design, preço e proximidade aos mercados”, mas está dependente da sustentação da procura tendo em conta a pandemia que levou os consumidores a refugiarem-se em casa. No entanto, João Neves realça que as “pessoas estão a retomar os seus hábitos de consumo”.
O presidente da Anivec e presidente da Calvelex, considera que o balanço da Munich Fabric Start “é bastante positivo” e que as empresas portuguesas querem mostrar que “estão na linha da frente da produção industrial“. César Araújo realça que a “Europa é líder mundial na moda e Portugal quer ter uma palavra nessa liderança”.
Face à importância da exportação para o tecido empresarial português, o secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, realça que o Governo vai reforçar as verbas no próximo quadro financeiro plurianual (2030) destinadas à promoção externa da indústria. “Queremos continuar uma trajetória de ganhos nos mercados internacionais, principalmente na Europa”, destaca João Neves, sem adiantar valores.
“Temos um indicador muito expressivo que é o peso das exportações no PIB, tivemos um percurso muito forte e queremos continuar a reforçar esse caminho”, destaca o secretário de Estado Adjunto e da Economia.
Cerca de 80% do que é produzido no cluster da moda provem de países asiáticos como Vietname, Bangladesh ou Paquistão. A pandemia mostrou ao tecido industrial português que não pode estar dependente desses mercados. João Neves refere que o Governo quer encontrar formas de reduzir esta dependência e “reforçar a capacidade competitiva na proximidade com os mercados de destino”.
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