Marcelo destaca “duplo legado” de Jorge Sampaio pela liberdade e igualdade
"Deixou-nos com um duplo legado, porque feito de liberdade, mas também de igualdade, feito de inteligência, mas também de sensibilidade", sublinhou o Presidente da República.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, destacou o “duplo legado” de liberdade e de igualdade deixado pelo antigo Chefe de Estado Jorge Sampaio, que faleceu esta sexta-feira, aos 81 anos, na sequência de problemas respiratórios. “Provou que se pode nascer privilegiado e converter a vida na batalha pelos não privilegiados“, disse Marcelo, em declarações a partir do Palácio de Belém.
Um duplo legado “porque feito de liberdade, mas também de igualdade, porque feito de inteligência, mas também de sensibilidade”, precisou o atual Presidente da República. Jorge Sampaio morreu “lutando, mas serenamente, […] nasceu e formou-se para ser um lutador e a causa da sua luta foi uma: a liberdade na igualdade“, acrescentou.
A luta pela liberdade na igualdade de Jorge Sampaio foi evidente “na carismática afirmação no movimento estudantil no início dos anos 60”, “na defesa em tribunais plenários dos presos políticos durante a ditadura”, “na representação externa da democracia nascente”, “na construção de pontes, década após década, entre formações diversas no seu hemisfério político e para além dele”, recordou Marcelo.
O atual Chefe de Estado salientou ainda que essa causa esteve presente na adesão de Sampaio ao Partido Socialista, do qual viria a ser deputado, líder parlamentar e líder nacional, como também “na formação da primeira e mais vasta coligação pré-eleitoral de esquerda” da história democrática do país, na presidência da Câmara Municipal de Lisboa “após uma rara campanha de ideias, com visão estratégica, prioridade aos mais pobres e excluídos, preocupação com as pessoas, os seus sonhos, os seus dramas, a sua realidade”. E, por fim, também “na devotada e prestigiante presidência de Portugal”, lembrou.
Marcelo Rebelo de Sousa concluiu as suas declarações evocando “as lágrimas genuínas do homem bom, na partilha da alegria, tal como da dor alheia“. Jorge Sampaio, “podendo ter-se resignado ao caminho mais fácil do jurista respeitado, da quietude da sua origem social, do natural ascendente da sua cultura, do seu pensamento, da sua oratória, escolheu o caminho mais ingrato, da solidariedade para com os que mais sofriam”, assinalou.
(Notícia atualizada às 11h46)
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