Serralves expande museu até 2023 com novo edifício de cinco milhões
A construir em dois anos, o novo edifício poente vai ter três pisos e uma área de construção de 4.204 metros quadrados. O projeto assinado por Álvaro Siza já garantiu financiamento comunitário.
Reforçar a área expositiva do Museu de Serralves, permitindo aumentar e diversificar a oferta museológica e artística existente; dedicar uma ala ao desenvolvimento da coleção da Fundação, que inclui parte do arquivo de Álvaro Siza e o acervo de Manoel de Oliveira, entre outros; e capacitar as funções de reserva, favorecendo a atração e acolhimento futuro de outros espólios de relevância artística e patrimonial internacional.
É para responder a estes três objetivos que a Fundação de Serralves vai avançar com a ampliação do museu de arte contemporânea localizado no Porto, através da construção do chamado edifício poente, com três pisos e uma área bruta de construção de 4.204 metros quadrados. O projeto tem a assinatura de Álvaro Siza, que foi também o autor do projeto do equipamento inaugurado em 1999, e conta já com financiamento comunitário aprovado.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), agora presidida por António Cunha (ex-reitor da Universidade do Minho), anunciou esta segunda-feira que o financiamento do NORTE 2020 (Programa Operacional Regional do Norte) será de 4,25 milhões de euros para um investimento elegível que ascende a cinco milhões de euros. A obra deverá ser executada até junho de 2023.
Com este novo edifício, a fundação liderada por Ana Pinho espera aumentar “de forma significativa” o número anual de visitantes ao conjunto patrimonial de Serralves, monumento nacional desde 2012. “O edificado contará com um piso para reservas e dois pisos expositivos, com salas interligáveis e ajustáveis. Os benefícios culturais, patrimoniais e artísticos e os impactos turísticos e económicos positivos, à escala regional, estão na base da decisão do financiamento”, justifica a CCDR-N numa nota enviada às redações.
Em abril, um despacho assinado pela ministra da Cultura, Graça Fonseca, e pelo secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, declarou a “imprescindível utilidade pública” da ampliação do Museu de Serralves, mas condicionou o abate de 13 azinheiras na área do empreendimento “ao licenciamento da obra pela Câmara do Porto, bem como a aprovação e implementação do projeto de compensação, e respetivo plano de gestão”.
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