Alumínio atinge preço mais alto desde 2008

O preço do alumínio atingiu esta segunda-feira os 3.000 dólares por tonelada, o valor mais alto desde agosto de 2008. Esta subida é atribuída ao recente golpe de Estado ocorrido na Guiné-Conacri, país que detém a maior reserva mundial de bauxite, o mineral a partir do qual se produz o alumínio.

Antes do golpe de Estado, que ocorreu no dia 5 de setembro, os preços do alumínio já tinham aumentado cerca de 40% desde janeiro deste ano, à medida que a economia global recuperava da pandemia de Covid-19. Após atingir o valor mais alto dos últimos 13 anos, o metal cedeu para 2.953 dólares por tonelada a meio da manhã na Bolsa de Metais de Londres.

“É tudo uma questão de problemas de fornecimento que fazem subir os preços do alumínio“, justificou um analista do Commerzbank, o segundo maior banco comercial da Alemanha, Daniel Briesemann, citado pela agência de notícias France Presse.

O aumento dos preços do alumínio está também a fazer disparar os preços da eletricidade na China, o que provocou uma queda na produção do metal em várias fundições na região ocidental chinesa de Xinjiang. A fundição de alumínio consome enormes quantidades de energia, sendo a China o maior produtor mundial.

Em 2020, as maiores reservas mundiais de bauxite eram a Guiné-Conacri, seguida da Austrália e do Vietname. Já os maiores produtores de alumínio são, por ordem decrescente, China, Rússia e Estados Unidos.