Rio critica “inoperância” e falta de apoio da AICEP

O líder do PSD defende que "Portugal tem uma escassez de capital brutal", reiterando que é necessário a AICEP dar mais apoio à internacionalização das empresas.

O presidente do PSD aponta o dedo a “inoperância” da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), apresentando-a como uma das dificuldades que as empresas portuguesas enfrentam na competitividade e internacionalização. Rui Rio defende que o organismo dá um apoio “muito ineficaz” às empresas de menor dimensão.

A AICEP “tem de apoiar empresas na internacionalização, mas dá um apoio muito ineficaz e nalguns casos até apoio nenhum“, reiterou Rio, em declarações transmitidas pela RTP3. O líder social-democrata admite que a agência já funcionou melhor e foi mais eficaz, mas atualmente as “queixas cresceram”.

“Quando falamos em competitividade e internacionalização da economia portuguesa, uma empresa grande consegue ir sozinha mas aquelas mais pequenas, por ex com 100, 150 trabalhadores, na busca dos mercados externos precisam de apoio”, argumenta Rui Rio.

Confrontado com os anúncios de captação de investimento estrangeiro por parte da agência, Rio admite que este “é bom”, mas contrapõe que “Portugal tem uma escassez de capital brutal para o que precisa para o desenvolvimento”. Sublinha assim que é necessário a AICEP dar apoio às empresas portuguesas, nomeadamente “àquelas que têm potencial”, e que “deve assentar na exportação e investimento”.

Ainda no campo dos apoios às empresas, Rio destaca o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), dizendo que este é “muito insuficiente”. “Se queremos relançar a economia e ter melhor emprego, temos de apoiar tecido” empresarial, defende, nomeadamente a rede de industrialização. Acrescenta ainda que se os anúncios que António Costa tem vindo a fazer na campanha autárquica relativamente ao PRR, da construção de várias estradas e pontes, fossem verdade, o PRR “era a pior coisa do mundo”, reiterando que a prioridade não deve ser dada às obras públicas mas sim ao olhar para o futuro.

Já no quadro da mão-de-obra qualificada e as dificuldades que as empresas enfrentam, o social-democrata sublinha também que “começa a pesar muito a carga fiscal”. “Para um trabalhador receber dois mil euros limpos, sai à empresa perto de cinco mil euros”, exemplifica, o que “dificulta porque o custo da mão-de-obra dispara de forma brutal”.

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