Quase um em cada quatro trabalhadores em Lisboa esteve em teletrabalho
Cerca de 12% das pessoas que trabalham na União Europeia estiveram em teletrabalho, no último ano. Na Área Metropolitana de Lisboa, essa fatia foi significativamente superior: 23%.
A crise pandémica obrigou milhares de trabalhadores a exercerem as suas funções à distância. De acordo com os dados publicados esta quinta-feira pelo Eurostat, em média, na União Europeia, 12% dos trabalhadores estiveram em teletrabalho, em 2020. Na Área Metropolitana de Lisboa, essa fatia foi consideravelmente superior: 23%. Ou seja, quase uma em cada quatro pessoas que trabalham nesta região experimentou a modalidade remota, num ano em que a sua adoção foi, durante vários meses, obrigatória.
“Mais pessoas começaram a trabalhar a partir de casa, na sequência da implementação das medidas de distanciamento social em resposta à pandemia de Covid-19. Em 2020, 12% das pessoas com emprego com 20 a 64 anos, na União Europeia, trabalharam normalmente a partir de casa, quando essa fatia tinha estado estável em torno de 5 ou 6%, na década anterior“, sublinha o gabinete de estatísticas.
Entre as várias regiões que compõem o espaço comunitário, foi a de Helsínquia (capital da Finlândia) a que registou a maior fatia de população empregada em teletrabalho (37%). Nesse pódio, aparecem, depois, duas regiões belgas: a província de Brabante Valão (27%) e Bruxelas (26%).
A Área Metropolitana de Lisboa (com 23% da população empregada em teletrabalho) aparece mais abaixo na tabela, no grupo de regiões onde cerca de um em cada quatro de trabalhadores trabalharam de casa, a par, por exemplo, do Luxemburgo (23%) e de Viena (24%).
Em contraste, trabalhar a partir de casa foi menos comum nas regiões do Oriente e Sul da União Europeia. Assim, em 2020, menos de 5% da população empregada experimentou o teletrabalho, com regularidade, nas regiões da Croácia, Chipre, Letónia e Bulgária.
Esta quinta-feira, o Eurostat dá conta também das variações homólogas na adesão ao teletrabalho, indicando que nas capitais dos Estados-membros a modalidade remota teve uma maior presença.
Entre as regiões da União Europeia, as subidas mais significativas da fatia de população empregada em teletrabalho foram registadas em Bruxelas, Brabante Valão e Helsínquia, todas com saltos em torno dos 19 pontos percentuais face a 2019. “A estas regiões seguem-se as capitais da Dinamarca, Alemanha, Espanha, França, Itália, Áustria e Portugal“, destaca o gabinete de estatísticas.
É importante explicar que a adoção do teletrabalho foi obrigatória, durante uma parte significativa de 2020. Em Portugal, esta foi uma das principais medidas adotadas para travar a propagação do vírus pandémico. Aliás, ainda hoje o teletrabalho é recomendado, sempre que as funções sejam compatíveis.
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