Bolsa abre em queda com todas as cotadas no vermelho

Não há ação nacional que resista à pressão vendedora sentida nos mercados europeus. A energia está a tirar gás à bolsa de Lisboa

O PSI-20, o principal índice português, abriu a sessão a cair 0,8% para 4.566,25 pontos. Todas as cotadas iniciaram o dia com perdas que não excedem os 2%. A Galp Energia e EDP estão a pesar no mercado nacional na última sessão do trimestre.

Depois da forte valorização nas últimas sessões, animadas pela valorização do petróleo, tanto a Galp Energia como a elétrica liderada por António Mexia cedem em torno de 1,5%, ao mesmo tempo que a Jerónimo Martins recua 0,8%.

“A bolsa deverá abrir sob alguma pressão vendedora. Ontem, os mercados europeus reagiram à forte subida do petróleo, desencadeada pelo inesperado acordo (ou esboço de acordo) no seio da OPEP com a participação da Rússia”, explicavam os analistas do BPI no seu Diário de Bolsa.

No caso da Galp Energia e Mota-Engil, que ontem tiveram o melhor desempenho em Lisboa devido ao acordo da OPEP para cortar a produção de petróleo, são as ações mais pressionadas pelo movimento de correção.

“Além da Galp, também a Mota foi outra ação que beneficiou do rally do crude. Uma recuperação do petróleo poderia representar perspetivas mais risonhas para a atividade da Mota-Engil em alguns países africanos”, reforçaram os Ângelo Mea e Inês Souto de Moura do BPI.

Ainda assim, as quedas no índice português não são exceção na Europa. Os principais índices do Velho Continente despertaram para a última sessão da semana com pouco ou nenhum apetite pelo risco, depois de a OPEP ter fornecido algum suporte aos investidores nas duas sessões anteriores.

"Além da Galp, também a Mota foi outra ação que beneficiou do rally do crude. Uma recuperação do petróleo poderia representar perspetivas mais risonhas para a atividade da Mota-Engil em alguns países africanos.”

Ângelo Mea e Inês Souto de Moura, analistas do BPI

Diário de Bolsa

Assim, o CAC-40 de Paris e o MIB de Milão perdiam ambos 1,8% e o IBEX-30 de Madrid cedia mais de 2%. Em Frankfurt, com os títulos do Deutsche Bank a manter-se no radar dos investidores, o DAX recuava 0,3%.

No plano empresarial, um dos destaques vai para a H&M. As ações da retalhista de vestuário desciam quase 2% após apresentar lucros de cerca de 650 milhões de euros no terceiro trimestre, ficando aquém do esperado pelos analistas.

 

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