Mais de 200 empresas unem-se contra o desperdício alimentar
Em Portugal, estima-se que cerca de um milhão de toneladas de alimentos continue a ir para o lixo. Marcelo Rebelo de sousa diz que "é uma afronta porque agrava as alterações climáticas".
O Movimento Unidos Contra o Desperdício celebrou o seu primeiro ano de existência no dia 29 de setembro, data decretada pela ONU em 2020 como Dia Internacional para a Consciencialização sobre Perdas e Desperdício Alimentar. Em Portugal, estima-se que cerca de um milhão de toneladas de alimentos continue a ir para o lixo.
Tendo como objetivo facilitar o aproveitamento de excedentes, incentivar e facilitar a doação das sobras e promover o consumo responsável, o Movimento Unidos Contra o Desperdício foi fundado no ano passado por várias entidades, congregadas pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares. Trata-se de um movimento cívico e nacional que une a sociedade num combate ao desperdício alimentar e que conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e o apoio do Secretário-Geral das Nações Unidas.
O Movimento conta já com a adesão de 2.100 particulares e 245 empresas dos setores da agricultura, indústria, logística, distribuição, restauração, consumo, comunicação social, setor público e setor social.
A Presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, diz que “é preciso destacar o envolvimento de tantas marcas, empresas, entidades do setor público, privado ou social, e com elas continuar a caminhar no sentido de evitar e combater o desperdício de alimentos. Porque só com um esforço coletivo e uno será possível combater esta realidade intolerável, absurda em termos económicos e injusta em termos sociais e ambientais”.
Na opinião do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, “o desperdício alimentar é uma afronta moral. É uma afronta quando em todo o mundo 690 milhões de pessoas continuam a passar fome. É uma afronta no que significa de uso injusto e insuficiente dos recursos do nosso planeta. É uma afronta porque agrava as alterações climáticas. O combate ao desperdício alimentar integra a agenda 20/30, mas este objetivo global só será alcançado se cada um de nós se empenhar a fazer a diferença no próprio dia a dia”.
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