Algas podem vir a substituir papel e plástico nas embalagens

  • Capital Verde
  • 13 Outubro 2021

A DS Smith, uma empresa multinacional de embalagens, está a estudar a possibilidade de utilizar fibras de algas como matéria-prima para fabricar papel e eliminar o plástico.

A DS Smith, empresa britânica especializada em packaging sustentável, está a explorar a possibilidade de utilizar fibras de algas como matéria-prima para fabricar papel e produtos de embalamento — como caixas, invólucros de papel e tabuleiros de cartão — dando assim resposta à crescente procura de produtos sustentáveis por parte dos clientes e consumidores.

Este projeto, no valor de 116 milhões de euros, integra o programa de economia circular da DS Smith, que, até 2023, pretende produzir packaging 100% reutilizável ou reciclável e, até 2030, tem como objetivo que todas as suas embalagens sejam recicladas ou reutilizadas.

Mas, apesar de os primeiros testes com as fibras de algas terem como objetivo principal a produção de papel, atualmente a empresa também já está a estudar o potencial das algas para contribuir para a eliminação dos materiais plásticos, com vista a substituir as embalagens à base de derivados de petróleo, que utilizava para proteger muitos produtos alimentares.

“A nossa investigação em matérias-primas e fontes de fibra alternativas tem potencial para ser uma real mudança de cenário para os nossos clientes e consumidores, que cada vez mais exigem produtos fáceis de reciclar e com um impacto mínimo no ambiente”, afirmou, em comunicado, Thomas Ferge, Paper and Board Development Director da DS Smith.

Além das algas, as fibras naturais podem advir de outras matérias-primas, tais como a palha, o cânhamo, o algodão, as cascas de cacau, o bagaço de cana-de-açúcar, entre outras. No entanto, mesmo estando a estudar vários materiais naturais, a DS Smith tem explorado mais o potencial das fibras de algas devido à sua variedade de utilizações.

“As algas são um dos muitos materiais naturais alternativos que estamos a analisar atentamente e, embora a maioria das pessoas as associem à praia ou a um ingrediente do sushi, para nós podem ter aplicações muito interessantes que nos ajudem a criar a próxima geração de soluções sustentáveis de papel e packaging”, acrescentou, ainda, o responsável da multinacional.

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