Hospital da Luz tem escape room. Médicos treinam casos clínicos inesperados
O objetivo deste jogo, que tem uma forte vertente formativa, é desafiar as equipas médicas a resolverem casos clínicos inesperados, críticos ou emergentes.
Uma sala fechada, uma equipa de médicos e um relógio que faz a contagem decrescente, começando nos 45 minutos. Não é o ponto de partida para uma operação, mas sim o começo do “Hospital Getaway – Clinical Escape Game”, um jogo desenhado por médicos e para médicos. O objetivo é desafiar as equipas a resolverem casos clínicos inesperados, críticos ou emergentes.
“No caso dos serious games aplicados à educação, o conceito é simples: utilizar os princípios do jogo – como a curiosidade, a competição e os desafios – para proporcionar uma experiência de formação imersiva e envolvente que conduz à aquisição de competências específicas. A aplicabilidade destas metodologias é infinita, uma vez que podem ser desenhadas em torno de qualquer objetivo predefinido”, explica Diogo Silva, médico e cofundador da Nobox, a empresa que desenhou o jogo, com o apoio UpHill, duas startups portuguesas dedicadas ao desenvolvimento de metodologias e software para assegurar a qualidade dos cuidados de saúde.
O escape game, agora disponível no recém-inaugurado Centro de Simulação do Hospital da Luz Learning Health, desenrola-se num ambiente em tudo semelhante ao da rotina hospitalar dos médicos, com a diferença de que aqui não há doentes a sério. Tudo se passa no Centro de Simulação do Hospital da Luz, onde, através de um software de simulação, os participantes podem aceder à história clínica do doente, pedir exames, analisar os resultados, prescrever fármacos e realizar todas as outras tarefas que fariam num contexto real.
Além desta abordagem que potencia o treino do raciocínio clínico, “os médicos serão também convidados a ‘pôr as mãos na massa’, podendo ter de realizar um ou mais gestos clínicos, num dos mais de 100 simuladores disponíveis”, detalha a UpHill em comunicado.
Em cada sessão, um grupo de até cinco médicos terá de garantir os melhores cuidados clínicos. Para sair deste desafio e ser bem-sucedido no jogo é preciso ter os conhecimentos e competências clínicas específicas, mas também conseguir trabalhar em equipa, de forma coordenada e eficaz, para ultrapassar os desafios e resolver as armadilhas criadas no cenário do jogo.
No final do jogo, as equipas recebem um relatório de análise, estruturado de acordo com as competências comportamentais e desempenho clínico observados durante o jogo. “Desta forma, conseguimos entregar a cada pessoa insights úteis para a melhoria das competências comportamentais preponderantes para a prática diária em saúde, mas também uma análise da performance clínica da equipa, comparando aquilo que foi feito com as melhores práticas”, acrescenta Diogo Silva.
O “Hospital Getaway – Clinical Escape Game” foi desenhado para ser adaptável a várias necessidades de aprendizagem, clínica e não clínica, aos objetivos das organizações e das equipas, podendo ser personalizado para eventos formativos específicos. Aliás, o lançamento desta iniciativa aconteceu durante a 13.ª edição da iMed Conference, um dos eventos mais relevantes para os estudantes de medicina a nível nacional.
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