“Há pouco risco de o valor a injetar na TAP ser aumentado”, diz Leão

Ministro das Finanças acredita que valor a injetar na TAP não deverá aumentar para além do previsto, afirmando que esforço dos portugueses irá ser "compensado".

O ministro das Finanças acredita que o valor a injetar na TAP não deverá ultrapassar os 3,2 mil milhões de euros que estão previstos. Em entrevista à TVI24 esta terça-feira, João Leão afirmou que o “esforço dos portugueses vai ser compensado”.

Foi conhecida ontem a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), na qual se prevê uma injeção de 1,5 mil milhões de euros na companhia aérea nacional no próximo ano. Ainda este ano entram mais 536 milhões na TAP, que somam ao aumento de capital de 462 milhões realizado em maio. No próximo ano, será contemplada com mais 990 milhões. Em três anos o Estado vai injetar 3,19 mil milhões.

“O que tem sido apresentado será suficiente”, disse o ministro das Finanças. “O limite que estabeleci é muito claro. Há pouco risco de esse valor ser aumentado”, acrescentou, notando que o plano de restruturação pensado para a TAP é “muito ambicioso”.

Na mesma entrevista, João Leão diz que o Governo está confiante que o plano venha a ser aprovado pela Comissão Europeia até ao final do ano. “Quer o Governo, quer o Ministério das Infraestruturas e Habitação, estão confiantes que seja aprovado até ao final do ano”, disse.

“O Governo entendeu que este é um investimento importante a fazer para o país. O esforço dos portugueses vai ser compensado pelo que a TAP representa para o país“, rematou o ministro.

Aos valores mencionados acima acresce um financiamento de 1,2 mil milhões de euros concedido em 2020, cujo reembolso foi estendido até ao final do ano. Não havendo novas injeções, a TAP receberá um total de 3.188 milhões, em linha com o plano de reestruturação entregue em Bruxelas, que aguarda ainda a aprovação da Comissão Europeia. É essa a expectativa deixada no relatório do OE.

O responsável pela pasta das Finanças notou ainda ter uma “excelente relação” com Pedro Nuno Santos, depois de ter sido questionado se o perdão de 1,8 mil milhões em dívidas à CP aconteceu pela pressão pública feita pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação. “É natural que em todos os OE haja diálogos. Tento fazer com que os ministros estejam todos contente”, respondeu.

O ministro João Leão referiu na mesma entrevista ter valorizado o facto de os partidos se terem mostrado disponíveis para negociar esta proposta do OE, afirmando não ver motivos para que o documento não mereça a aprovação da esquerda. “PCP e BE mostraram-se disponíveis para continuar a negociar. Seria difícil entender que um OE como este fosse reprovado”, afirmou.

(Notícia atualizada às 22h12 com mais informação)

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