Seis milhões de europeus inativos encontraram emprego no segundo trimestre
Os dados dos fluxos do mercado de trabalho mostram que, no segundo trimestre, mais europeus passaram da inatividade para o emprego do que o inverso.
Cerca de seis milhões de europeus passaram da inatividade ao emprego no segundo trimestre do ano, em comparação com os primeiros três meses de 2021. Este fluxo supera o registado quanto aos trabalhadores que deixaram de estar empregados e ficaram como inativos, de acordo com os dados divulgados pelo Eurostat esta quinta-feira.
“Entre os economicamente inativos, seis milhões (4,9% do total registado no primeiro trimestre) transitaram para o emprego e 4,6 milhões (3,8%) passaram para o desemprego“, explica o gabinete de estatísticas. São considerados inativas, de acordo com a definição do português Instituto Nacional de Estatística, as pessoas que pretendem trabalhar, mas não fazem diligências para encontrar um novo posto ou, por outro lado, até fazem essa procura, mas não estão disponíveis para começar a trabalhar nas duas semanas seguintes.
Em sentido inverso, no segundo trimestre do ano, passaram para a inatividade 3,4 milhões de desempregados e 5,5 milhões de empregados, na União Europeia. Contas feitas, foram mais aqueles que deixaram a inatividade do que os que transitaram para esta situação. De notar que, por força das restrições à mobilidade associadas à pandemia, o último ano e meio ficou por um aumento dos inativos, uma vez que a procura por postos de trabalho ficou também prejudicada.
O Eurostat acrescenta também que, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2021, 3,9 milhões de desempregados na União Europeia encontraram um novo trabalho. Em causa estão 24,2% do total de desempregados registados no início do ano. “Neste período, 8,8 milhões (54,6%) continuaram desempregados e 3,4 milhões (21,2%) tornaram-se economicamente inativos”, detalha o gabinete de estatísticas.
Quanto aos empregados, o segundo trimestre ficou marcado pela transição de 2,4 milhões de pessoas que tinham emprego (1,2% do total registado no primeiro trimestre) para o desemprego e de 5,5 milhões para a inatividade (2,8% do universo verificado nos primeiros três meses de 2021).
A pandemia de coronavírus abalou o mercado laboral e levou os vários Estados europeus a adotarem medidas extraordinárias no sentido de proteger os postos de trabalho e evitar uma escalada do desemprego, como o português lay-off simplificado.
Portugal entre os que mais viu emprego crescer entre trimestres
No segundo trimestre do ano, a taxa de emprego na União Europeia aumentou 0,7 pontos percentuais (p.p) para 72,8% face ao trimestre anterior. Entre os Estados-membros, as subidas mais expressivas foram registadas na Eslovénia (mais 2,8 pontos percentuais), na Grécia (mais 2,1 pontos percentuais), na Bélgica e no Luxemburgo (mais 1,5 pontos percentuais). Portugal aparece logo abaixo nessa tabela.
Já o indicador que inclui todas as pessoas na União Europeia cujas necessidades de emprego não estavam cumpridas (nomeadamente desempregados, mas não só) recuou para 13,8%. Em causa está um recuo de 0,9 pontos percentuais, face ao primeiro trimestre de 2021.
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