Estilo não falta ao Evoque híbrido

De linhas inconfundíveis, o charme do Evoque ficou mais eletrizante. A um motor de 1.5 litros, a Land Rover juntou um elétrico que eleva a potência para mais de 300 cv e ajuda a travar os consumos.

Chegou ao mercado em 2012, mas já anos antes andava a espalhar o seu charme por tudo quanto eram revistas e sites especializados na indústria automóvel. Era ainda um protótipo, mas o Evoque já fazia muitos suspirar para que passasse dos salões automóveis para as estradas. E assim. O baby SUV da Land Rover chegou ao mercado em 2012 praticamente sem alterações face ao sketch inicial, transformando-se num sucesso de vendas.

Ainda hoje, quase uma década depois, é um SUV que, apesar de não ser assim tão raro, desperta sempre aquela vontade de o apreciar sempre que passa por nós na estrada. Um feito para a Tata, a marca da indiana que comprou a Land Rover e a Jaguar à Ford, que representou um desafio adicional quando chegou a altura de lançar uma versão renovada. Era difícil fazer melhor, mas a prova foi superada.

Inspirando-se no sucesso do Velar, SUV de luxo entretanto lançado pela companhia, o Evoque ganhou faróis e farolins mais esguios, para-choques mais proeminentes, mas também um interior ainda mais requintado que o original. Ótimos bancos para condutor e passageiros, um tablier de fazer inveja a muitos concorrentes, onde não faltam ecrãs para tudo e mais alguma coisa.

Silêncio que vem aí o híbrido

Todo o charme que este modelo destila desde a primeira geração está lá, mas agora fá-lo numa versão mais eletrizante… literalmente. Quando chegou às estradas surgiu com os tradicionais modelos diesel e alguns motores a gasolina mais potentes. Mas já havia a promessa de responder aos pedidos para a eletrificação, algo que acontece com o P300e, um híbrido plug-in.

A solução da Land Rover para o Evoque passa por um motor 1.5 turbo a gasolina, com três cilindros… Sim, são mesmo três cilindros! E tem potência? Uns “meros” 200 cv que puxam o SUV que conta ainda com outros 109 cv a empurrar na traseira, potência essa fabricada através de um motor elétrico que é alimentado por uma bateria de 15 kWh. São mais de 300 cv ao sabor do pé direito que respondem com vivacidade quando solicitados.

O Evoque dispara assim que cai o verde no sinal de trânsito, mantendo-nos colados ao banco enquanto não aliviamos a pressão sobre o acelerador. É, sem dúvida, um SUV cheio de genica, talvez até demasiada para a se precisa no habitat natural destes modelos, a cidade, mas ótima para nos desenvencilharmos daquelas situações mais complicadas no trânsito.

Quando a bateria se vai…

É impressionante a resposta do Evoque híbrido plug-in, mas, claro, “não há bela sem senão”. Demasiado entusiasmo com o acelerador paga-se caro. Se em velocidades reduzidas conseguimos manter o motor a gasolina sossegado, circulando em silêncio e sem gastar uma gota de combustível (até um máximo de 62 km), quando se pede mais vigor o motor a combustão responde, sendo este modelo capaz de consumos bastante baixos.

Com cuidado na condução, a média aos 100 km pode ser de apenas dois ou três litros de combustível, mas sem a bateria a despesa aumenta de forma expressiva. O bloco de 1.5 litros, que tem de puxar por um automóvel que pesa mais de duas toneladas, é capaz de levar as médias para valores acima dos 8 litros/100 km, o que tem muito pouco de poupado.

É preciso estar atento à condução que se faz com este Evoque, mas também ao nível da bateria para se recarregar sempre que possível – só assim compensará o híbrido. Carregar a bateria tanto pode demorar muito como muito pouco, dependendo de onde se ligue a tomada do Evoque. Num posto de carga rápida bastam 30 minutos para chegar a 80% da capacidade, mas numa wallbox já é preciso quase o triplo do tempo. Em casa são quase 7 horas até à carga completa.

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