Escalada dos preços da energia acelera inflação europeia para 4,1%
A escalada dos preços da energia explica metade do aumento dos preços no consumidor na Zona Euro. A taxa de inflação acelerou para 4,1% em outubro, o valor mais elevado desde 2008.
A taxa de inflação da Zona Euro fixou-se em 4,1% em outubro — um máximo de 13 anos –, acima dos 3,4% registados em setembro, de acordo com a estimativa rápida do Eurostat divulgada esta sexta-feira. Contudo, metade deste valor deve-se exclusivamente ao aumento dos preços da energia que em outubro exibem um aumento homólogo de 23,5%.
Os números divulgados pelo gabinete europeu de estatísticas mostram a influência determinante que o preço da energia está a ter na taxa de inflação. Expurgados da energia, os preços no consumidor apresentam um crescimento de 2%, metade dos 4,1% da inflação global. No caso da inflação subjacente, que expurga a energia e os produtos alimentares não transformados, o valor é de 2,1%.
Se os preços da energia estão a crescer 23,5% — recorde-se que em outubro do ano passado registavam uma queda homóloga de 8% –, o mesmo não acontece nos outros itens do índice de preços. No caso dos serviços, há uma subida de 2,1%, seguindo os bens industriais não energéticos (2%) e a comida, álcool e tabaco (2%).
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Entre os 19 Estados-membros para os quais o Eurostat tem dados comparáveis, a taxa de inflação foi em outubro mais baixa em Malta (1,4%), surgindo logo de seguida Portugal (1,8%).
Do outro lado da tabela está a Lituânia com uma taxa de inflação de 8,2%, a Estónia com uma taxa de inflação de 7,4% e a Letónia com uma taxa de inflação de 6%.
Entre as principais economias da Zona Euro e da União Europeia, a Alemanha regista uma taxa de inflação de 4,6%, França de 3,2%, Itália de 3,1% e Espanha de 5,5%.
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