Juros da dívida aliviam após três dias sob pressão

Investidores incorporaram perspetivas para as taxas do BCE, levando a um agravamento do custo de financiamento dos Governos da Zona Euro. Pressão parece ter aliviado antes da reunião da Fed.

Os juros da dívida portuguesa estão a aliviar esta terça-feira, depois de três dias de pressão em alta, na sequência da reunião do Banco Central Europeu (BCE) que deixou os investidores em dúvida quanto à subida das taxas de referência na Zona Euro já no próximo ano face à inflação, levando a um agravamento do custo de financiamento na periferia da região no final da semana passada.

A yield associadas às obrigações do Tesouro a dez anos cede perto de sete pontos base para 0,49%, interrompendo um ciclo de três sessões em alta. Mantém-se, ainda assim, em máximos desde maio do ano passado. Por sua vez, os juros dos títulos a cinco anos cai cerca de cinco pontos base para -0,188%.

A tendência de desagravamento dos juros exigidos pelos investidores para deterem dívida portuguesa também se observa na periferia da Zona Euro. Os juros espanhóis a dez anos caem mais sete pontos para 0,563% e os juros italianos no mesmo prazo recuam para 1,13%.

Enquanto isso, as bunds alemãs, a referência para a Zona Euro, tem a yield a recuar para -0,137%, depois de ter agravado nos últimos dias.

Taxa a 10 anos cai esta terça-feira

Fonte: Reuters

As obrigações da Zona Euro estiveram sob pressão vendedora nas últimas sessões, levando a um agravamento considerável dos juros, depois de a presidente do BCE ter desiludido os investidores quanto ao rumo da política monetária na região tendo em conta a subida generalizada dos preços ao consumidor.

Para os países esta subida poderá representar um aumento dos encargos com a nova dívida que será emitida futuramente. Contudo, os mercados de dívida parecem estar mais calmos, mantendo alguma cautela antes da reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana, que começa esta terça-feira.

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