Costa diz que fará “whatever it takes” para ter contas certas

Primeiro-ministro lembrou as famosas palavras de Mario Draghi que salvaram o euro na década passada. Disse que fará tudo para ter contas públicas sólidas.

Diante da presidente do Banco Central Europeu (BCE), o primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta quarta-feira que fará “whatever it takes” (o que for preciso) para que Portugal tenha as suas finanças públicas robustas. “We will do whatever it takes to ensure sound public finances“, disse em inglês.

Costa lembrou as famosas palavras de Mario Draghi, o anterior presidente do BCE, em plena crise das dívidas soberanas, quando o italiano garantiu aos mercados que iria fazer tudo para manter a integridade da Zona Euro, perante as ameaças em relação à saída da Grécia da área da moeda única. E teve sucesso.

"That’s why it’s our time to say that we will do whatever it takes to ensure soundness in public finances.”

António Costa

Primeiro-ministro

Desta vez, Costa garantiu a Lagarde que Portugal vai continuar a cumprir os objetivos de redução do défice e da dívida pública “whatever it takes”, até porque a “melhoria da sustentabilidade orçamental” não impediu o país de avançar nos últimos anos.

“Reduzir o défice e a dívida não é um constrangimento. São objetivos que articulamos com o aumento do investimento, de salários, pensões, prestações sociais e melhoria dos serviços públicos”, disse na sessão solene comemorativa do 175.º aniversário do Banco de Portugal, fazendo mira aos partidos da esquerda (sem nunca os mencionar) que na semana passada chumbaram o Orçamento do Estado para o próximo ano.

O primeiro-ministro frisou que “são as contas certas que garantem a credibilidade internacional de Portugal” e permitem poupanças de “3.000 milhões de euros de juros da dívida anualmente” e, ao mesmo tempo, “alcançar valores recorde no investimento contratado para a nossa agência de investimento em 2018, 2019 e, já podemos dizer nesta fase do ano, também em 2021″.

António Costa não quer que essa dinâmica positiva dos últimos anos seja posta em causa. E, nessa medida, lembrou que há desafios europeus pela frente, como a união bancária que “não pode permanecer incompleta”, o sistema europeu de seguros de depósitos que se encontra num “impasse” que é preciso desbloquear dando-se “passos graduais, ou a necessidade “imperiosa” de prosseguir com a união dos mercados de capitais.

(Notícia atualizada às 12h02)

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