“Eleições antecipadas não foram a decisão mais difícil que tomei”, diz Marcelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, admite que as eleições antecipadas, marcadas para 30 de janeiro, não foi a decisão mais difícil que tomou ao longo da sua governação, mas sim declarar o estado de emergência devido à pandemia da Covid-19.

“A decisão mais difícil que tomei foi a declaração do estado de emergência. Esta é a oitava dissolução e declaração do estado de emergência não havia desde a vigência da democracia e, em rigor, não havia uma pandemia secular com esta há um século. Essa naturalmente custou muito mais e implicou sacrifícios enormes para os portugueses“, afirma Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas.

Marcelo Rebelo de Sousa admite que custou ainda mais a segunda declaração de estado de emergência. “Convenci-me firmemente, que quando chegássemos ao verão de 2020, não havia mais vagas. Ter que reconhecer que a situação estava a piorar e ter que, em cima da eleição presidencial, declarar estado de emergência porque a situação se tinha agravado foi muito mais dramático e mais pesado como decisão“, afirma o Presidente da República.

Marcelo admite que “não foi sensível a questões partidárias”

Questionado sobre a data que escolheu para as eleições, Marcelo Rebelo de Sousa esclarece que não escolheu a data em favorecimento de nenhum partido político e que fez o que um Presidente da República tinha de fazer. “Um Presidente define-se em função do interesse nacional e é evidente que não foi sensível a razões partidárias, minimamente. Basta ver os prazos”, explica o Presidente da República.

“O Presidente não comenta interesses partidários, respeita-os. Aqui eram tão óbvias as razões de interesse nacional que implicavam sacrifícios para todos. Está decidido e foi explicado de maneira muito acessível aos portugueses”, sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.

(Notícia atualizada às 17h33 com mais informação)