Mário Mourão na calha para suceder a Carlos Silva na UGT
Os socialistas da UGT já escolheram o seu próximo líder e candidato a secretário-geral da central sindical, no congresso de 2022: Mário Mourão.
Mário Mourão ganhou a corrida à liderança da tendência sindical socialista da UGT (TSS/UGT), indicou ao ECO fonte da central sindical. O atual presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro (SBN) deverá ser, assim, o candidato a sucessor de Carlos Silva no cargo de secretário-geral da UGT, no congresso marcado para abril de 2022.
Os socialistas da UGT escolheram, este sábado, através de voto secreto, o seu próximo líder e candidato a secretário-geral da central sindical, mais de ano e meio depois de Carlos Silva ter anunciado que não se candidataria a um novo mandato por não sentir o “necessário apoio” do lado do PS. Pela primeira vez em 43 anos, havia mais do que um candidato na corrida, mas acabou por sair vencedor Mário Mourão.
Aos 63 anos, Mourão é hoje presidente do SBN, tendo decidido candidatar-se a líder da TSS/UGT para “reorganizar a tendência” — adequando-a às novas dinâmicas do mundo do trabalho — e restabelecer pontes com o PS, explicou o próprio ao ECO.
Se chegar a secretário-geral da UGT, Mário Mourão garante que a UGT manterá o espírito de concertação, mas terá de estar na rua “quando for preciso”. “É uma central de concertação, mas, quando isso falha, tem de ir para a rua e estar ao lado dos seus sindicatos”, frisou, destacando como uma das suas grandes prioridades a reversão de algumas das leis do período da troika.
Outra das suas grandes metas é pôr o setor privado na agenda da UGT, ou seja, dar-lhe protagonismo. Além disso, os desafios do teletrabalho e do trabalho em plataformas digitais serão, antecipou o sindicalista, duas pastas a que terá também de dar muita atenção, caso chegue a secretário-geral da UGT.
Bancário de profissão, Mário Mourão foi também deputado pelo PS em três legislaturas. Na corrida à liderança da TSS/UGT, esteve também José Abraão, atual líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP).
De notar que, normalmente, é o presidente eleito da tendência sindical socialista que se candidata ao cargo de secretário-geral da UGT, mas os estatutos permitem que outros candidatos, desde que reúnam os apoios necessários, se cheguem à frente no congresso da central sindical, que está já marcado para abril do próximo ano, depois de ter sido adiado por força da pandemia.
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