Vai comprar na Black Friday? Aprenda a evitar as falsas promoções
A Black Friday e a Cyber Monday são sempre momentos de tentação para adquirirmos produtos a preços reduzidos. Esta é também uma altura em que deve estar bem informado do que está a comprar.
É já esta sexta-feira, dia 26 de novembro, que tem lugar mais uma edição da tradicional Black Friday, onde todos os anos milhares de portugueses aproveitam para adquirir bens a preços mais reduzidos em várias lojas. Mas, para não estar comprar uma falsa ‘promoção imperdível’ já tem ferramentas digitais ao seu dispor para tomar uma boa decisão.
Apesar da Black Friday ser uma boa oportunidade para comprar produtos a um preço mais apetecível, há que ficar atento a falsas promoções e as algumas técnicas usadas pelas lojas que podem criar a ilusão de que se trata de uma oferta que não pode perder. Uma situação que defrauda as expectativas dos consumidores gerando um elevado volume de reclamações.
Só no ano passado, de acordo com o Portal da Queixa, o número de queixas referentes à Black Friday e à Cyber Monday aumentou em 59% quando comparado com 2019. Entre as diversas queixas apresentadas estão as falsas promoções, ainda que o principal motivo de reclamação esteja relacionado com os atrasos nas encomendas, num ano em que as compras online subiram impulsionadas pelo impacto da pandemia.
Está mesmo a comprar uma pechincha?
Uma das técnicas mais utilizadas pelas lojas passa por antes de começar esta época de promoções aumentar significativamente os preços dos produtos para mais tarde, já durante a Black Friday, reduzir esses mesmos preços dando a sensação aos consumidores que estão efetivamente usufruir de um preço mais reduzido nesta altura do ano
Por isso é preciso ir acompanhando os preços dos produtos que pretende adquirir ao longo do tempo de forma a não ser enganado, o que nem sempre é fácil de acompanhar dadas as muitas variações de preço que certos produtos podem ter.
Mas já existem ferramentas no mercado que o podem ajudar a separar a boa da má promoção. Tanto o Kuanto Kusta como a Deco Proteste disponibilizam ferramentas que o ajudam a confirmar se o produto que está prestes a adquirir não teve no passado um valor mais reduzido do que agora está a ser anunciado.
A ferramenta desenvolvida recentemente pelo Kuanto Kusta atualiza hora a hora as maiores promoções, ou seja, preços que, de acordo com o histórico, são os mais baixos das últimas semanas.
“É precisamente aqui que nos colocamos do lado do consumidor, com o sistema Oportunidades Black Friday, que identifica apenas as promoções que tiveram uma queda de preço real nas últimas semanas”, refere Paulo Pimenta, CEO da empresa.
A forma de funcionamento deste sistema é simples. O comparador identifica o preço médio de um produto a partir de todos os preços de todas as lojas. Depois, verifica se a loja aumentou o preço antes da promoção e, se assim for, exclui o produto deste separador. Paralelamente, mostra o histórico de preços praticados para ser possível analisar a sua evolução. Assim, o utilizador consegue perceber se a promoção é, de facto, verdadeira, ou se está a comprar acima ou abaixo do preço médio.
Também a Deco Proteste já tem uma ferramenta semelhante no mercado que permite acompanhar a alteração de preço de um vasto catálogo de produtos. A ferramenta ‘Comparar Preços’ ajuda a perceber se os descontos anunciados em épocas como a Black Friday ou a Cyber Monday são boas oportunidades de compra. Esta ferramenta de pesquisa regista a evolução dos preços dos produtos nas lojas online, para aconselhar ou não a sua compra.
Para utilizar esta ferramenta e garantir que não está a ser enganado basta pesquisar o nome da loja e do produto, ou inserir na caixa “Pesquisa pelo URL” o link completo do produto tal como surge na loja digital. O resultado devolvido é um semáforo com três cores e significados diferentes, baseados no histórico de preços dos últimos 7 e 30 dias. Se o resultado for um sinal verde significa que se trata de um bom negócio face ao histórico de preços do produto na loja pesquisada. Se for um sinal amarelo significa que os preços atuais têm pouca diferença em relação aos 30 dias precedentes. Já o sinal vermelho representa uma compra desaconselhada uma vez que o preço desse produto já esteve mais baixo do que o agora anunciado.
Segundo a Deco Proteste, desde 2015 que têm sido registados vários casos de subida dos preços dias antes da Black Friday, por forma a simular promoções mais interessantes, mas enganosas para o consumidor. Outra das situações identificadas prende-se com alguns produtos em campanha que não exibiam o preço anteriormente praticado ou algumas lojas que não apresentavam o preço riscado, quando o mesmo já tinha estado mais baixo.
Como comprar na Black Friday
No sentido de conseguir tomar as melhores decisões quando poderá ter pela frente tantos negócios que lhe podem parecer apetecíveis, o Kuanto Kusta reuniu um conjunto de dicas para ajudar os consumidores.
1 – Criar uma lista de produtos
Criar uma lista com o que queremos comprar é o primeiro passo para evitar compras por impulso. Assim é possível preparar o processo de compra através da escolha de lojas e da comparação de produtos e preços;
2 – Escolher as lojas
Com uma lista de produtos, será mais fácil procurar e escolher lojas, físicas e online. No caso de lojas desconhecidas, de Portugal ou de outros países, deve-se procurar sempre obter um feedback sobre as mesmas;
3 – Comparar produtos
Conhecer o que queremos comprar é fundamental, não só porque podemos descobrir uma alternativa melhor para o que precisamos, mas também porque é essencial quando chega o momento de comparar preços;
4 – Analisar os preços
Para além da prática comum de comparação de preços para encontrar o artigo mais barato, é muito importante analisar os preços com antecedência e perceber se um desconto se traduz efetivamente numa redução de preço significativa e se é ou não uma boa compra;
5 – Comparar preços até nas lojas físicas
Uma das estratégias das lojas é colocar lado a lado produtos com características semelhantes, com uma estratégia de preço que leve a optar pelo produto que mais lhes interessa vender. Para que não restem dúvidas deve-se usar sempre o smartphone e comparar os preços em outras lojas físicas e online;
6 – Não fazer compras por impulso
Ao longo de todo o ano, inclusive na Black Friday, são desenvolvidas estratégias para fazer com que o cliente compre sem pesquisar informação e sem comparar preços. Por isso, deve-se evitar a todo o custo as compras impulsivas.
7 – Estar atento a fraudes
Nas lojas online é essencial ler atentamente todos os detalhes relacionados com a compra, como o estado do produto, condições e custos de envio, condições de devolução. Para além disso, é fundamental procurar informação sobre as lojas digitais e físicas onde nunca se tenha feito compras e ver os respetivos elogios e reclamações.
Apesar de a Black Friday ser oficialmente no dia 26 de novembro, e a Cyber Monday, na segunda-feira seguinte, este ano no dia 29 de novembro, são várias as lojas que já começaram a praticar descontos mais cedo. De acordo com um estudo conduzido pela Netsonda para a Worten, 89% das pessoas admitem que este ano vão fazer compras na Black Friday, pretendendo gastar, em média, 327 euros, o que representa um aumento de cinco euros face ao ano passado.
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