Portela teve em novembro “momentos idênticos a 2019”, diz ANA
A ANA - Aeroportos de Portugal continua a sublinhar a necessidade do reforço da capacidade aeroportuária em Lisboa. Montijo será a hipótese mais rápida pois demorará quatro anos a ser construído.
A ANA – Aeroportos de Portugal alerta que a Portela já teve em novembro “momentos idênticos” a 2019, o que coloca alguma pressão na decisão quanto à localização do novo aeroporto de Lisboa. Uma decisão que a concessionária gostaria de ver recair sobre o Montijo.
“Não temos qualquer dúvida de que é absolutamente fundamental ter um aumento significativo da capacidade aeroportuária em Lisboa”, disse Francisco Pita, Chief Commercial Officer (CCO) da ANA esta quinta-feira, durante o 46.º Congresso da Associação de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorre em Aveiro. Este é um alerta que tem vindo a ser repetido pela empresa.
Sobre o tempo que demorará até haver uma decisão quanto à localização, o responsável disse que o prazo dependerá de dois fatores: “De quando se toma a decisão e da decisão que se toma”. “O Montijo demorará quatro anos a construir e outras soluções demorarão sete”, precisou.
O Governo pediu em março uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) para o novo aeroporto de Lisboa, estando em cima da mesa três opções: Portela como aeroporto principal e Montijo como complementar; Montijo como principal e Portela como complementar; novo e único aeroporto em Alcochete. O Executivo aponta para 2023 a entrega desse documento, ou seja, antes de 2023 não haverá um novo aeroporto.
Para a ANA, o Montijo é a melhor opção, e a concessionária afirma mesmo não ter um plano B. “No caso do Montijo já temos o projeto. Se, efetivamente, depois da AAE, outra opção for seguida, obviamente que isto vai demorar mais tempo“, disse o CEO da ANA, Thierry Ligonnière, a 11 de novembro, durante um congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).
Esta quinta-feira, Francisco Pita notou que “não se constrói um aeroporto de um dia para o outro”, mas que “quatro anos para se construir um aeroporto não é uma coisa extraordinária”.
Nesse sentido, o CCO da ANA alertou que a recuperação de cerca de 80% do tráfego aéreo indica que, em “muitos dias de novembro, houve momentos na Portela idênticos aos de 2019”, disse. “Temos, de facto, a necessidade de um aumento rápido da capacidade aeroportuária na região de Lisboa se queremos continuar a crescer”, rematou.
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