TAP permite mudar reservas sem custos por causa da nova variante
TAP flexibiliza mudanças nos voos numa fase em que as vendas já estão "a abrandar um pouco" devido à Ómicron. Companhia começa a implementar plano de reestruturação antes da "luz verde" de Bruxelas.
As vendas da TAP voltaram a abrandar devido ao aparecimento da nova variante da Covid, a Ómicron, o que levou a companhia aérea a flexibilizar todas as reservas. Desde esta quarta-feira, 1 de dezembro, todas as reservas podem ser alteradas sem qualquer taxa.
Desde setembro que a companhia aérea nacional notou um “crescimento muito grande” nas vendas, sobretudo com a abertura das fronteiras com o Brasil e os Estados Unidos, que são dois mercados importantes para a TAP. Atualmente, a empresa opera 80% da capacidade de 2019, “o que é uma boa percentagem”, disse Sílvia Mosquera, Chief Commercial & Revenue Officer (CCRO) da TAP, esta quinta-feira, durante o 46.º Congresso da Associação de Agências de Viagens e Turismo (APAVT).
Contudo, o aparecimento da Ómicron voltou a abanar o setor. “Com esta nova variante, as vendas estão a abrandar um pouco. Tivemos de suspender os voos com Marrocos e Moçambique, o que não são boas notícias”, assumiu a responsável, notando que “a prioridade é sempre a segurança dos passageiros”. “Por isso, temos de acatar as medidas da melhor maneira possível”, acrescentou.
Afirmando que, neste momento, o mais importante é dar “flexibilidade” aos clientes, a TAP implementou, desde esta quarta-feira, uma nova política de alteração de reservas, aliviando qualquer custo para os passageiros, revelou Sílvia Mosquera. “Aumentámos a flexibilidade em todas as tarifas, todas são super flexíveis, com zero taxas de mudanças”.
Esta política, de acordo com a informação que consta no site da TAP, aplica-se às reservas feitas entre 1 de dezembro de 2021 e 28 de fevereiro de 2022, permitindo ao cliente “alterar a data e destino gratuitamente”. Contudo, lê-se, “diferenças tarifárias serão aplicadas, caso existam”. Mais detalhes podem ser consultados aqui.
“É isto que temos de dar aos clientes devido às circunstâncias atuais”, insistiu a CCRO, referindo-se às medidas decretadas adotadas pelo Governo na sequência do aumento de casos de infeção e do aparecimento da nova variante da Covid.
Aprovação de Bruxelas seria “presente de Natal”
Sobre o plano de recuperação da TAP, a gestora disse que a empresa está “otimista” quanto à aprovação por parte da Comissão Europeia, esperando que até ao final do ano haja essa “luz verde”. “Pode ser um presente de Natal para a TAP e para Portugal. Precisamos dessa aprovação porque a TAP é muito importante para o país”, contextualizou.
Enquanto o parecer de Bruxelas não chega, Sílvia Mosquera adiantou que a companhia aérea já começou a implementá-lo. “Não estamos parados. Estamos a implementar esse plano porque pensamos que será aprovado. Já estamos a trabalhar em todas as áreas”, rematou.
(Notícia atualizada às 10h57 com mais informação)
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