Variante Ómicron tira energia à bolsa de Lisboa

O setor da energia pesou no PSI-20 esta quinta-feira, arrastando-o para perdas. Bolsa de Lisboa acompanhou as quedas nos mercados europeus, em tempos de incerteza com a nova variante do coronavírus.

As bolsas europeias encerraram a penúltima sessão da semana com perdas avultadas, acompanhando o sentimento negativo dos mercados norte-americanos na sessão anterior. O início do dia de negociações em Wall Street, com os índices a recuperarem da queda, acabou por aliviar o tombo nas principais praças do Velho Continente.

Ainda assim, o índice de referência Stoxx 600 derrapou 1,08% esta quinta-feira. O britânico FTSE 100 recuou 0,55%, o francês CAC-40 cedeu 1,18%, o alemão DAX caiu 1,31% e o espanhol IBEX-35 deslizou 1,69%. Enquanto isso, Portugal não escapou à “maré vermelha”, tendo o PSI-20 registado uma queda de 0,92%, para 5.423,8 pontos, castigado pelo setor da energia.

O dia foi particularmente negativo para o grupo EDP. A elétrica nacional desvalorizou 1,66%, para 4,746 euros, mas a subsidiária EDP Renováveis ainda caiu mais: afundou 3,73%, para 21,7 euros. O segundo pior desempenho do dia foi no mesmo setor, com a Greenvolt a cair 2,11%, para 6,04 euros. Num dia em que o petróleo desvaloriza nos mercados internacionais, as ações da Galp Energia perderam 0,28%, para 8,454 euros.

Evolução do preço das ações da EDP Renováveis:

A incerteza voltou aos mercados de capitais. Nos últimos dias, os investidores viram-se confrontados com a notícia de que uma nova variante do coronavírus, designada de Ómicron, está a resultar num aumento acentuado dos casos de Covid-19 em África do Sul. Dezenas de países já registaram casos da estirpe, incluindo Portugal e — soube-se esta quinta-feira — os EUA, com o primeiro caso de Ómicron a registar-se na Califórnia.

O receio de que o ressurgimento da Covid-19 leve os governos a impor novos confinamentos tem trazido grande volatilidade aos principais índices nos últimos dias. As praças europeias estiveram a cair ainda mais nesta sessão, mas acabaram por respirar de alívio quando Democratas e Republicanos anunciaram um acordo para financiar o governo até meados de fevereiro, o que deu algum gás às bolsas norte-americanas.

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