Risco “muito raro” de miocardite e pericardite após vacinação
Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância concluiu, então, que “até uma em cada 10.000 pessoas vacinadas pode ser afetada” por estas condições inflamatórias do coração.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu esta sexta-feira que o risco de miocardite e pericardite é “muito raro” após toma das vacinas anticovid-19 assentes na tecnologia do RNA mensageiro, da Pfizer/BioNTech e Moderna, confirmando os benefícios dos fármacos.
“O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância da EMA avaliou dados recentes sobre o risco conhecido de miocardite e pericardite após vacinação com as vacinas contra a Covid-19 Comirnaty [do consórcio farmacêutico Pfizer/BioNTech] e Spikevax [da Moderna]” tendo verificado que “o risco para ambas as condições é globalmente muito raro”, indica o regulador europeu em comunicado.
A agência europeia explica que a estrutura avaliou “dados recentes sobre o risco conhecido de miocardite e pericardite após vacinação” com estas vacinas baseadas no RNA mensageiro, tendo em conta “dois grandes estudos epidemiológicos europeus” com dados do sistema nacional de saúde francês e do registo nórdico.
O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância concluiu, então, que “até uma em cada 10.000 pessoas vacinadas pode ser afetada” por estas condições inflamatórias do coração, que apresentam sintomas como falta de ar, batimentos cardíacos irregulares e dores no peito.
“Além disso, os dados mostram que o risco acrescido de miocardite após a vacinação é mais elevado nos homens mais jovens”, assinala a EMA na nota à imprensa, assinalando que o risco de miocardite e pericardite já consta na informação do produto para estas duas vacinas.
Apesar de estas reações serem muito raras, “podem desenvolver-se apenas alguns dias após a vacinação e ocorreram principalmente no prazo de 14 dias, […] com maior frequência após a segunda vacinação”, precisa o regulador europeu.
“A EMA confirma que os benefícios de todas as vacinas anticovid-19 autorizadas continuam a superar os seus riscos, dado o risco de doença e complicações relacionadas e que as provas científicas mostram que reduzem as mortes e hospitalizações”, sublinha a instituição.
Além destas vacinas, estão aprovadas duas outras pela EMA para serem administradas na UE: da AstraZeneca e da Johnson & Johnson (com nome comercial Janssen).
Dados de uma outra agência europeia, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), revelam que um total de 66,3% da população da UE está totalmente vacinada, num total de 296 milhões de pessoas completamente inoculadas.
Por países, as taxas de vacinação da população total diferem entre os 25,6% na Bulgária e os 81,7% em Portugal, ainda de acordo com os dados do ECDC, que têm por base as notificações dos Estados-membros.
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