Trabalho temporário cresce 27% no 3º trimestre para 100.480 colocações
O número de colocações foi de 100.480 no terceiro trimestre, contra 78.880 no mesmo período de 2020, de acordo com o barómetro da APESPE-RH.
O número de colocações em trabalho temporário aumentou 27% no terceiro trimestre face ao período homólogo e 8% em comparação com o trimestre anterior, para 100.480 colocações, segundo um barómetro divulgado esta segunda-feira.
De acordo com o barómetro dos meses de julho, agosto e setembro da APESPE-RH – Associação Portuguesa das Empresas do Setor Privado de Emprego e de Recursos Humanos e do ISCTE (Instituto Universitário de Lisboa), o número de colocações foi de 100.480 no terceiro trimestre, contra 78.880 no mesmo período de 2020.
Verificou-se um crescimento nas colocações de trabalho temporário face aos mesmos meses de 2020, com mais 9.800 pessoas em julho (42%), 7.500 pessoas em agosto (30%) e 4.300 pessoas em setembro (14%), indica o barómetro.
Já o índice de trabalho temporário (rácio entre o número de pessoas colocadas num mês e no mesmo mês do ano anterior) diminuiu progressivamente nos três meses (1,42 em julho, 1,30 em agosto e 1,14 em setembro).
“Os valores devem ser contextualizados em comparação com o período homólogo de 2020, quando se começou a verificar uma recuperação” após o confinamento decretado pelo Governo devido à pandemia de covid-19, destaca-se no documento.
Relativamente à caracterização dos trabalhadores temporários, verificou-se uma pequena descida da contratação de trabalhadoras do género feminino de julho (44,5%) para agosto (43%), mas com uma recuperação em setembro, para 45%.
Ao nível da distribuição etária, os dados mostram um ligeiro aumento da idade média dos trabalhadores temporários, com o número de trabalhadores acima dos 30 anos a subir em setembro, para 52,3%, após uma maior contratação de jovens em agosto.
O ensino básico mantém-se como o nível de escolaridade predominante nas colocações efetuadas, com cerca de 67% do total de trabalhadores colocados, seguindo-se o ensino secundário (cerca de 25%) e a licenciatura (6%).
As empresas de “fabricação de componentes e acessórios para veículos automóveis” continuam a ser as que mais recorreram ao trabalho temporário, seguidas das empresas de “fornecimento de refeições para eventos e outras atividades de serviço de refeições”.
Por profissões, destacam-se os “empregados de aprovisionamento, armazém, de serviços de apoio à produção e transportes”, “outras profissões elementares” e os “trabalhadores qualificados do fabrico de instrumentos de precisão, joalheiros, artesãos e similares”.
O presidente da APESPE-RH, Afonso Carvalho, realça que “a contribuição do trabalho temporário para a contratação de trabalhadores com menor nível de qualificações académicas, nomeadamente o ensino básico, assim como trabalhadores de faixas etárias mais elevadas, continua a ser evidente no barómetro”.
“É essencial a integração destes colaboradores no mercado de trabalho e a aposta, que é feita, na sua formação e qualificação”, acrescenta Afonso Carvalho, citado no documento.
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