Defesa de Rendeiro volta a pedir adiamento da audição e solicita transferência de prisão
A audição estava marcada para esta terça-feira de manhã, mas só deverá realizar-se esta tarde ou na quarta-feira. Defesa quer transferir Rendeiro de prisão devido a ameaças de morte.
Há mais um adiamento no processo de João Rendeiro, após ter sido adiada a audição desta segunda-feira. A defesa do ex-banqueiro na África do Sul diz à Renascença esta segunda-feira que “houve desenvolvimentos” e por isso a audição marcada para esta terça-feira de manhã voltará a ser adiada. O objetivo da defesa é pedir a transferência para outra prisão, depois de o ex-banqueiro ter recebido ameaças de morte.
A advogada June Marks, que é quem representa João Rendeiro na África do Sul, local onde foi detido no passado sábado, refere que o ex-banqueiro só deverá ser ouvido esta tarde ou na quarta-feira.
“Como resultado das notícias” nos órgãos de informação, “ele [João Rendeiro] está a receber ameaças de morte”, referiu June Marks, em declarações à Lusa, explicando que “os outros prisioneiros ouvem as notícias na rádio”. A advogada acrescentou: “Vamos pedir a transferência” do antigo presidente do BPP.
De acordo com a Lusa, Rendeiro regressou, às 09h05 (07h05 em Lisboa), ao tribunal de Verulam, nos arredores de Durban, oriundo da prisão de Westville, que fica a cerca de 30 quilómetros do local onde vai ser ouvido. Chegou ao tribunal transportado num carro celular com vários detidos.
Este é o segundo dia em que João Rendeiro vai estar na sala de tribunal, depois de na primeira presença perante juiz, na segunda-feira, para legalizar a prisão preventiva, a defesa ter pedido liberdade sob fiança que será discutida esta terça-feira.
June Marks adiantou que preferia que o caso fosse transferido para Joanesburgo, ao ser questionada anteriormente pela Lusa sobre essa possibilidade, face à capacidade do tribunal de subúrbios de Verulam.
O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal, relativamente a três processos distintos relacionados com o colapso do BPP.
(Notícia atualizada às 8h38 com mais informações)
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