“Não vou regressar a Portugal”, diz Rendeiro no tribunal

Rendeiro foi apenas identificar-se ao tribunal sul africano, pela segunda vez. E, desta vez, falou aos jornalistas e disse: "Não vou regressar a Portugal".

O ex-banqueiro João Rendeiro no Tribunal de Verulam, onde esteve presente perante um juiz pela primeira vez desde que foi detido no sábado, nos subúrbios de Durban, África do Sul, 13 de dezembro de 2021. João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana. LUÍS MIGUEL FONSECA/LUSALUÍS MIGUEL FONSECA/LUSA

João Rendeiro disse esta terça-feira aos jornalistas que não vai regressar a Portugal, dando a entender que se vai opor ao processo de extradição. “Não vou regressar a Portugal”, disse o arguido, condenado em três processos autónomos em Portugal.

Este é o segundo dia em que João Rendeiro esteve na sala de tribunal, depois de na primeira presença perante o juiz, na segunda-feira, a sessão ter sido adiada a pedido da defesa. O objetivo desta sessão seria a de aplicação da medida de coação a aplicar — que pode passar pela prisão preventiva ou mesmo liberdade sob fiança, no pior e no melhor cenário, respetivamente — mas acabou por ser adiada, mais uma vez. A sessão decorrerá na quarta-feira, às 9h00 de Lisboa, porque a defesa considera que precisa de mais tempo para analisar o processo, até porque, o tribunal avançou que vai ser acrescentada mais uma acusação contra Rendeiro.

Rendeiro está na prisão de Westville, a cerca de 30 quilómetros do tribunal de Verulam, nos arredores de Durban. Mas a advogada June Marks, que representa João Rendeiro na África do Sul, já revelou que pretende pedir a transferência do ex-banqueiro para outra prisão, depois de este ter recebido ameaças de morte. June Marks também já tinha adiantado que preferia que o caso fosse transferido para Joanesburgo, tendo em conta capacidade do tribunal de subúrbios de Verulam.

O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) foi detido no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, na África do Sul, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.

João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal, relativamente a um dos três processos a que foi condenado, relacionados com o colapso do BPP.

 

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