26% dos concelhos não têm farmácias com testes pagos pelo Estado

Ainda há 73 concelhos sem farmácias a realizarem testes à Covid comparticipados pelo Estado. No entanto, em cada um dos 18 distritos do Continente há, pelo menos, uma farmácia abrangida pela medida.

Desde que o Governo decidiu voltar a comparticipar os testes rápidos de antigénio à Covid, a lista de farmácias e laboratórios abrangidos por esta medida tem vido a aumentar. Contudo, há ainda 73 concelhos sem qualquer comparticipação, o que representa 26,3% dos municípios do território continental, segundo o balanço realizado pelo ECO.

Depois de um mês e 18 dias de interrupção, a 19 de novembro os testes rápidos de antigénio à Covid-19 voltaram a ser comparticipados a 100% pelo Estado. Esta medida prevê que sejam realizados, no máximo, quatro testes por mês nas farmácias ou laboratórios aderentes, independentemente da idade ou do estado vacinal do utente.

Esta retoma da comparticipação surge numa altura em que, face ao aumento de casos de infeção por Covid-19, o Governo passou a exigir a apresentação de um teste à Covid (PCR ou teste rápido de antigénio) ou, em alternativa, apresentação do certificado de recuperação para viajar para Portugal, para entrar em bares e discotecas, nas visitas a lares, nas visitas aos doentes internados em qualquer instituição de saúde, bem como “em todos os grandes eventos sem lugares marcados ou em recintos improvisados”, sejam estes de natureza cultural ou desportiva.

Neste contexto, periodicamente tanto o Infarmed como o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) voltaram a fazer a atualização da lista, sendo que atualmente 866 farmácias e 274 laboratórios de norte a sul de Portugal abrangidos por esta medida, espalhados por um total de 205 concelhos.

Assim, de acordo com o balanço realizado pelo ECO, entre os 278 concelhos em Portugal Continental, ainda há 73 municípios que não têm qualquer farmácia abrangida por esta comparticipação, o que representa 26,3% do território nacional, ou seja, cerca de um quarto do território continental. Não obstante, importa sublinhar, que, ainda assim, em cada um dos 18 distritos do Continente há, pelo menos, uma farmácia abrangida por esta medida.

Paralelamente a esta medida, há também várias autarquias com centros de testagem gratuita. É o caso da Câmara Municipal de Lisboa, bem como do Porto, Viseu, Albufeira, Cascais, Figueira da Foz, Leiria e Sesimbra. Face à exigência de apresentação de teste negativo para várias atividades, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) tem vindo a apelar para que cada vez mais municípios avancem com programas de testagem gratuita.

A testagem massiva da população está a revelar-se de enorme dificuldade, impedindo o acesso aos bares e discotecas, e promovendo o ressurgimento de festas ilegais. Medidas como a disponibilização de centros de testagem são, por isso, essenciais para manter o funcionamento destas empresas e os seus postos de trabalho”, aponta a entidade no boletim diário, divulgado na segunda-feira.

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