Há cada vez mais estudantes estrangeiros a estudar em Portugal
Está na moda vir estudar para Portugal. Que o diga a Uniplaces, que revelou hoje os dados mais recentes relativos ao alojamento de estudantes estrangeiros no país.
Está na moda escolher Portugal para passar um semestre ou mais durante o ensino superior. Ao longo dos últimos cinco anos, houve mais 70% de estudantes estrangeiros nas faculdades e escolas superiores do país. E estão dispostos a pagar rendas até 25 euros mais altas que as pagas pelos estudantes portugueses, revelou esta segunda-feira a Uniplaces.
Os dados são da Direção-Geral das Estatísticas do Ensino Superior e Ciência e revelam que, anualmente, mais de 30 mil estudantes provenientes de outros 109 países vêm estudar para Portugal. Do outro lado do Atlântico, destaca-se o Brasil como o principal país emissor. A procura de alojamento por períodos de cinco meses, que equivalem a um semestre, cresceu consideravelmente por esta razão, principalmente em Lisboa, no Porto e em Coimbra.
“O alojamento de média duração destinado a estudantes tem-se destacado no mercado imobiliário e proporcionado lucros aos proprietários particulares e profissionais que pretendem rentabilizar os seus imóveis de forma contínua, ao longo de todo o ano”, explicou André Rodrigues Pereira, Country Manager da Uniplaces em Portugal.
A plataforma online para alojamento de estudantes universitários revelou as nacionalidades que geram mais receitas ao mercado do arrendamento dedicado a estudantes em Portugal, através da utilização da plataforma, e que representam 77% do total de reservas efetuadas.
Os estudantes brasileiros, franceses e alemães são os que gastam mais em arrendamento mensal. Gastam em média, 484 euros, 432 euros e 426 euros, respetivamente. Por outro lado, os estudantes polacos e italianos são os que gastam menos no que se refere ao arrendamento de imóveis: 356 euros e 314 euros, respetivamente.
“Os estudantes internacionais são responsáveis por mais de dois terços das reservas realizadas feitas na Uniplaces no nosso país. Neste tipo de alojamento de média duração, verificamos que estudantes de determinadas nacionalidades estão dispostos a pagar valores acima da média por alojamento de qualidade superior e em bairros de referência”, refere ainda André Rodrigues Pereira.
O relatório apresentado pela Uniplaces concluiu que Lisboa continuou a ser a cidade mais procurada (74%), tanto por estudantes estrangeiros como portugueses, mas “foi o Porto (21%) que teve a melhor evolução no ano, com o número de arrendamentos a aumentar quase 300% face a 2015”. Em último, em termos de preferências, ficou Coimbra (5%). Os gastos em alojamento também variam consoante a cidade, sendo que Lisboa é a cidade com as rendas mais altas, que em média rondam os 438 euros. A seguir vêm as rendas no Porto, que rondam uma média de 378 euros, e as de Coimbra, onde o gasto médio é de 274 euros por mês. A Uniplaces revela ainda que arrendar um quarto em Lisboa fica, em média, 16% mais caro do que no Porto.
Quanto à espécie do arrendamento nas três cidades, 80% dos estudantes optaram por arrendar um quarto, 19% arrendaram uma casa e 1% arrendou apenas uma cama.
“Os meses com maior procura são setembro e fevereiro (quando começam o primeiro e o segundo semestre de cada ano letivo), sendo que, de modo geral, os estudantes fazem a reserva com um mês de antecedência. A estadia média, de quase cinco meses, corresponde ao período semestral das universidades e dos programas de intercâmbio”, segundo a Uniplaces.
Ao longo do último ano, a plataforma gerou, por semana, mais de um milhão de euros em arrendamento, o que permite aos proprietários particulares e profissionais rentabilizem os seus imóveis, num mercado avaliado em mais de 249 milhões de euros em Portugal e em mais de 19 mil milhões na Europa no seu todo. Ao todo, existem cerca de 3500 proprietários que utilizam a Uniplaces para arrendarem os seus imóveis.
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