Portugal tem contratualizadas 492 mil doses da Novavax contra a Covid
Portugal tem contratualizadas 492 mil doses da vacina contra a Covid da Novavax, ao abrigo do contrato de aquisição de vacinas assinado em agosto pela Comissão Europeia, revelou o Infarmed ao ECO.
Portugal tem contratualizadas 492 mil doses da vacina contra a Covid da Novavax, ao abrigo do contrato de aquisição de vacinas assinado em agosto pela Comissão Europeia, revelou o Infarmed, ao ECO.
“Como é público, o processo de aquisição de vacinas tem sido liderado pela Comissão Europeia, no caso da vacina Novavax, caberá a Portugal, caso os responsáveis entendam como necessário, o volume de 492.000 doses“, revelou fonte oficial da instituição liderada por Rui Ivo, em resposta ao ECO.
Em causa está o contrato assinado a 4 de agosto por Bruxelas com a farmacêutica para a aquisição de “até 100 milhões de doses da vacina Novavax, com opção de 100 milhões de doses adicionais ao longo de 2021, 2022 e 2023“. Recorde-se que em dezembro do ano passado a farmacêutica norte-americana já tinha chegado a um acordo preliminar com o bloco comunitário, mas o acordo final foi adiado por meses dado que a empresa enfrentava problemas de produção.
Desde o início da pandemia, que a Comissão Europeia lidera o processo de aquisição de vacinas contra a Covid para todos os Estados-membros. As doses contratualizadas em cada contrato são distribuídas em função da população de cada país, de forma equitativa, sendo que os Estados-Membros indicam, logo na fase de negociação se estão interessados em adquirir uma determinada vacina.
Este regime permite também ajustar as quantidades de vacinas entre os Estados-Membros, em função das suas necessidades. Nesse contexto, se, por exemplo, um Estado-membro “decidir não comprar mais vacinas ao abrigo das opções negociadas”, nesse caso “outros Estados-Membros podem aproveitar essas opções e adquirir mais doses dessa vacina específica”, explica Comissão Europeia, num artigo de perguntas e respostas publicado no site da instituição.
A vacina Nuvaxovid ou também conhecida como NVX-CoV2373 é desenvolvida pela farmacêutica norte-americana Novavax e baseada numa versão da proteína spike do SARS-CoV-2 criada em laboratório à qual se juntou um adjuvante. É assim diferente das vacinas de mRNA da Pfizer e Moderna, por exemplo, ainda que o método de administração seja semelhante, dado que prevê também a administração de duas tomas com um intervalo de três semanas por dose.
Esta vacina foi aprovada na segunda-feira pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) para ser administrada em pessoas a partir dos 18 anos, contudo, para começar a ser administrada em Portugal tem de receber luz verde da Direção-Geral da Saúde. O ECO questionou a DGS e o Ministério da Saúde sobre se eventualmente esta vacina virá a ser utilizada para a vacinação primária de pessoas ainda não foram inoculadas ou na vacinação de reforço (que está atualmente a ser feita apenas com vacinas mRNA), mas até ao momento de publicação deste artigo não obteve qualquer resposta.
Os ensaios clínicos realizados com 45 mil pessoas entre México, Estados Unidos e Reino Unido demonstraram que esta vacina tem 90% de eficácia contra a infeção por Covid-19. Contudo, importa sublinhar, que, na altura em que decorreram estes ensaios clínicos as variantes mais comuns em circulação eram a Alpha e a Beta, bem como a estirpe original do SARS-CoV-2, pelo que os dados de eficácia contra a variante Ómicron são ainda limitados.
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