S&P 500 sobe mais de 1% e fecha em máximos

Os três principais índices norte-americanos fecharam esta segunda-feira em alta, acumulando quatro sessões consecutivas de ganhos. Nem o pico de casos provocado pela variante Ómicron impediu que o S&P 500 tivesse a sua 69.ª sessão com uma cotação de fecho em recorde.

O S&P 500 valorizou 1,38% para os 4.791,21 pontos, acumulando 69 sessões de máximos históricos em 2021, cuja marca, segundo os dados da Bloomberg, só foi superada em 1995 (fechou 77 sessões em nível recorde). O Dow Jones subiu 0,92% para os 36.281,16 pontos e o Nasdaq valorizou 1,39% para os 15.871,26 pontos.

Uma das notícias que influenciou a negociação nesta segunda-feira foi o aumento de 8,5% das vendas das empresas durante a época festiva, entre 1 de novembro de 24 de dezembro, face ao ano passado, a maior subida em 17 anos, com a ajuda do comércio eletrónico, de acordo com dados da Mastercard, citados pela CNBC.

Ainda que não tenha afetado o sentimento geral, a proliferação da variante Ómicron não deixou de ter impacto nos mercados financeiros. As cotadas do setor do turismo e transporte encolheram nesta sessão por causa do cancelamento de voos por falta de pessoal (por doença ou isolamento) e devido aos surtos em navios.

Os analistas consideram que os mercados já absorveram o impacto da Ómicron, nomeadamente os indícios de que é uma variante menos agressiva para a saúde, mas alertam para a disrupção que está a causar em certos setores, dado o isolamento dos trabalhadores.

É expectável que o volume de negociação baixe em Wall Street nesta semana entre o Natal e o Ano Novo, o que poderá levar a uma maior volatilidade. Porém, o histórico, segundo a Reuters, é positivo: as últimas cinco sessões de dezembro e as duas primeiras sessões de janeiro registaram ganhos em 75% das ocasiões desde 1945.

Com quatro sessões para acabar o ano, só um evento catastrófico daria perdas anuais aos índices: o Dow Jones acumula uma subida de quase 20% e o S&P 500 e o Nasdaq já superam esse valor. Este é o terceiro ano consecutivo de ganhos para os índices norte-americanos.