Antigo bastonário considera impossível aguentar “avalanche” de pedidos de teste à Covid-19

A exigência de teste negativo ao SARS-CoV-2, que foi alargada desde 25 de dezembro, acentuou aquilo que, nas palavras do antigo bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Germano de Sousa, se trata de uma “avalanche autêntica” de pedidos de testagem à Covid-19, que “não é possível aguentar”.

“Não há problema a nível de stock, mas há um enorme cansaço” entre os profissionais que realizam os testes, justificou o também administrador e fundador do grupo de laboratórios com o seu nome, em entrevista à Renascença. Germano de Sousa considera, aliás, ser necessário “conter um pouco a procura”, tendo em conta que a capacidade de testagem foi aumentada e “é já muito elevada”.

O antigo bastonário explica que “há cada vez mais pessoas que usam testes antigénio”, o que contribui para o aumento da procura, pois quem testar positivo num teste antigénio, quer confirmar com um teste PCR. No entanto, Germano de Sousa alerta para o facto de 30% dos resultados negativos nos antigénio serem falsos negativos, já que este tipo de teste não é usado apenas quando as pessoas têm sintomas, “que é quando têm boa sensibilidade”.