Ómicron já é dominante e representa 82,9% dos casos de Covid-19

O INSA estima que a Ómicron já representava 82,9% dos casos em 29 de dezembro de 2021, fazendo desta a variante dominante do coronavírus em Portugal no contexto da pandemia.

O último relatório de monitorização das linhas vermelhas da Covid-19 indica que a variante Ómicron teve um “crescimento exponencial” no número de casos prováveis a partir do dia 6 de dezembro de 2021. O INSA estima que a variante Ómicron representava 82,9% das infeções em 29 de dezembro.

Os dados do INSA apontam para uma intensidade “muito elevada” na atividade epidémica de Covid-19, com uma tendência crescente a nível nacional, mas em especial na região de Lisboa e Vale do Tejo. O INSA classificou a pressão nos serviços de saúde e impacto na mortalidade como elevados, “embora com tendência estável, revelando assimetrias regionais”.

O aumento rápido do número de casos irá intensificar a pressão sobre todo o sistema de saúde, embora a magnitude seja ainda incerta, avisa o INSA. Esta evolução, por sua vez, ficará condicionada pela “provável menor gravidade” da infeção por Ómicron, bem como pelo efeito protetor da dose de reforço.

O relatório do INSA acrescenta ainda que o Rt (risco de transmissibilidade, isto é, o número médio de pessoas que cada doente contagia) apresenta um valor igual ou superior a 1, com uma tendência crescente no número de infeções, em todas as regiões do país. A nível nacional o Rt encontra-se em 1,35, ao passo que em Lisboa e Vale do Tejo esse número é 1,42.

O grupo etário de idade igual ou superior a 65 anos registou uma incidência 359 novos casos por cada 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, havendo tendência para o seu aumento. Nos últimos sete dias, cerca de 61% dos novos casos de infeção por Covid foram isolados em menos de 24 horas, sendo que a proporção dos casos confirmados com atraso subiu de 3%, na semana passada, para 6%.

Na quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reduziu para sete dias o tempo de isolamento para as pessoas assintomáticas com Covid-19, uma decisão em linha com o verificado nos restantes países. A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, acrescentou ainda, em declarações à CNN, que caso seja necessário serão tomadas medidas relativamente ao regresso das aulas planeado para 10 de janeiro. As aulas deveriam recomeçar a 3 de janeiro mas o Governo decidiu adiar esta data em novembro.

Desde quinta-feira que Portugal está na pior categoria de risco de Covid-19 do sistema do Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC).

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