Reformas de mil euros perdem 9% do poder de compra desde 2006

  • ECO
  • 5 Janeiro 2022

As pensões de mil euros por mês perderam 9,1% do seu poder de compra ou do seu valor real, desde que a regra de atualizações de pensões foi aprovada em 2006.

Desde 2006, ano em que a regra de atualização das pensões foi aprovada, que as reformas do segundo escalão só sofreram atualizações em linha com a inflação quatro vezes. Deste modo, as pensões de mil euros por mês perderam 9,1% do seu poder de compra ou do seu valor real desde essa altura, estimou o especialista em sistemas de pensões Armindo Silva, com base em cálculos pedidos pelo Jornal de Negócios (acesso pago).

Segundo explica Armando Silva, “um pensionista que tivesse uma pensão de mil euros em 2006 (2.º escalão) deveria auferir em 2022 uma pensão de 1.230 euros” para manter o poder de compra. Contudo, dado que “a sua pensão em 2022 será de 1.118 euros, sofre um corte mensal de 112 euros no seu poder de compra, equivalente a 9,1%”, tendo em conta a série anual do Índice de Preços no Consumidor sem habitação.

Nos termos da lei de 2006, à atualização das pensões do segundo escalão (entre 2 e 6 IAS, o equivalente a 886,4 e 2.659 euros, respetivamente) é retidado meio ponto face à inflação do ano anterior. Isso aconteceu em cinco dos 16 anos analisados, incluindo em 2022. Houve ainda cinco anos em que a fórmula não foi aplicada (2011 a 2015, por causa dos cortes e congelamentos), três em que a aplicação da fórmula deu zero e um em que, apesar da quebra de preços, o Governo aumentou as pensões até 1.500 euros em 1%.

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