Rússia tem plano para evitar novo flop em emissão de dívida em euros
Moscovo deverá avançar com nova emissão de obrigações denominadas em euros e tem plano para evitar rejeição da parte dos bancos internacionais como aconteceu no ano passado.
Moscovo tem um plano para evitar que a próxima emissão de obrigações denominadas em euros seja novamente um flop, tal como aconteceu há um ano.
O Governo russo vai convidar apenas os bancos que manifestaram interesse em participar na emissão de dívida em euros que está previsto para acontecer este ano. E com isso evitam novo embaraço como aconteceu no ano passado, quando bancos internacionais como o Goldman Sachs se recusaram em participar na operação de financiamento da Rússia depois das sanções aplicadas pelos EUA e Europa ao país.
“O simples facto de haver uma rejeição dos bancos é mau para a imagem da Rússia“, admitiu Konstantin Vyshkovsky, responsável pelo departamento que gere a dívida pública da Rússia. “Vamos enviar a oferta apenas para os bancos que já manifestaram o seu desejo em participar”, adiantou o responsável.
"O simples facto de haver uma rejeição dos bancos é mau para a imagem da Rússia. Vamos enviar a oferta apenas para os bancos que já manifestaram o seu desejo em participar.”
Na emissão realizada há um ano, o Governo de Putin acabou por concluir um financiamento de 1,75 mil milhões de dólares através de um banco estatal, com as câmaras de compensação internacionais — que garantem o cumprimento das transações financeiras — apenas a aceitarem a operação dois meses mais tarde.
“É possível que o ambiente externo para a emissão seja melhor desta vez. Não vamos esperar pelo alívio ou levantamento das sanções para avançar com a emissão de eurobonds este ano”, referiu Vyshkovsky.
Depois das sanções internacionais à Rússia, o Goldman Sachs e outros bancos norte-americanos abordados pelos responsáveis russos abandonaram o processo. Alguns dos maiores gestores de fundos na Europa e EUA também ficaram fora do processo uma vez que os títulos não foram imediatamente aceites pela Euroclear, a maior câmara de compensação do mundo.
Os analistas acreditam que a operação de financiamento em euros deverá acontecer até final de abril.
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