Um em cada quatro desempregados europeus encontrou emprego no terceiro trimestre
O número de europeus que, entre o segundo e o terceiro trimestres, passaram do desemprego para o emprego foi mais elevado do que o inverso, indica o Eurostat.
Quase 25% dos europeus que estavam desempregados entre abril e junho conseguiram encontrar um novo posto de trabalho entre julho e setembro. Em causa estão 3,8 milhões de pessoas, sendo que este fluxo supera o registado quanto aos trabalhadores que passaram do emprego ao desemprego (2,7 milhões), de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.
Entre o segundo e o terceiro trimestres de 2021, oito milhões de europeus mantiveram-se no desemprego. Ou seja, 51,6% dos desempregados não conseguiram encontrar um novo posto de trabalho. No entanto, 24,4% (as tais 3,8 milhões de pessoas) conseguiram fazer essa transição entre o desemprego e o emprego enquanto 3,7 dos milhões de desempregados (23,9%) passaram para a inatividade. Segundo o Eurostat, são consideradas inativas as pessoas que estavam fora do mercado de trabalho, ou seja, nem estão empregadas nem estão desempregadas. Desse universo, constam, por exemplo, os estudantes e os pensionistas, que não trabalham nem estão disponíveis para trabalhar.
Em contraste, entre aqueles que estavam empregados entre abril e junho do ano passado, 1,4% (2,7 milhões de pessoas) caíram no desemprego e 2,8% (5,5 milhões de pessoas) transitaram diretamente para a inatividade económica.
Por outro lado, entre o segundo e o terceiro trimestre, 5% dos europeus que estavam inativos (cerca de 5,9 milhões de pessoas) conseguiram encontrar um novo emprego e 3,2% (3,9 milhões de pessoas) passaram ao desemprego. Tal significa que quase 92% dos que estavam economicamente inativos continuaram nessa situação.
Tudo somado, em termos absolutos, o fluxo mais expressivo foi o relativo aos europeus que saíram da inatividade rumo ao emprego. A União Europeia fechou, assim, o terceiro trimestre com 189 milhões de empregados, oito milhões de desempregados e 109,7 milhões de inativos.
Portugal foi o nono país da UE onde emprego mais cresceu entre trimestres
No terceiro trimestre de 2021, a taxa de emprego entre as pessoas dos 20 aos 64 anos de idade situou-se em 73,5%, o que representa uma subida de 0,7 pontos percentuais face aos três meses anteriores, avança esta quinta-feira o Eurostat.
Portugal, indica o gabinete de estatísticas, foi o nono país onde o emprego mais cresceu entre estes trimestre, atrás da Grécia, do Chipre, da Irlanda, da Lituânia, da Áustria, da Bélgica, da Estónia e de Itália.
O emprego aumentou, contas feitas, em 24 Estados-membros da União Europeia entre trimestres, mas ficou estável na Bulgária e na Croácia e caiu mesmo na Finlândia (0,2 pontos percentuais).
Esta quinta-feira, o Eurostat dá conta também do número de pessoas cujas necessidades de emprego ficaram por suprir (ou seja, que continuaram no desemprego, mas não só). Essa taxa situou-se em 12,9%, entre julho e setembro, menos 0,8 pontos percentuais do que no segundo trimestre de 2021.
A pandemia fez tremer o mercado de trabalho, tendo os vários países europeus (incluindo Portugal) disponibilizado medidas de apoio à manutenção dos postos de trabalho. Ainda assim, as restrições à mobilidade e à atividade económica associadas aos períodos de agravamento da crise sanitária têm afetado os fluxos laborais, mostram as estatísticas.
(Notícia atualizada às 11h10)
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