CEO do Airbnb é agora nómada digital. Vai correr o mundo a trabalhar

Pandemia tem alterado padrões de aluguer na Airbnb. Uma em cada cinco noites reservadas durante o terceiro trimestre na Airbnb era para estadias de 28 ou mais dias.

Brian Chesky, CEO do Airbnb, decidiu abraçar uma nova forma de trabalhar: o nomadismo digital. Vai correr mundo e viver em casas disponíveis na plataforma de aluguer temporário. Motivos? “A pandemia criou a maior mudança na forma de viajar desde o advento do transporte aéreo comercial. Pela primeira vez, milhões de pessoas podem viver onde quiserem. O trabalho remoto libertou muitas pessoas — obviamente não todas, mas uma grande fatia — da necessidade de estar no escritório todos os dias”, justificou o CEO numa publicação da rede social Twitter.

Todas as semanas, o CEO do Airbnb vai viver numa cidade diferente, regressando ocasionalmente à sua residência habitual em São Francisco, nos Estados Unidos. “Por agora a minha casa será algures no Airbnb”, salienta Chesky.

E não está sozinho nessa decisão. Com a pandemia a levar milhões de trabalhadores em todo o mundo para o trabalho remoto — com muitas companhias a abraçar o trabalho à distância como modelo de trabalho mesmo num momento de pós-pandemia –, muitos colaboradores têm optado por mudar a sua zona habitual de residência.

Um fenómeno que tem tido reflexos nos próprios padrões de aluguer de espaços da plataforma. Uma em cada cinco noites reservadas durante o terceiro trimestre na Airbnb foi para estadias de 28 ou mais dias. E quase metade das reservas no mesmo período para estadias de, pelo menos, sete dias, o que compara com 44% em 2019, refere a plataforma numa publicação feita no blogue da empresa.

Nos 12 meses anteriores a setembro, mais de 100 mil pessoas reservaram estadias de 90 ou mais dias, e mais de 300 mil candidataram-se a uma das 12 vagas disponíveis para viver em qualquer lugar através do Airbnb durante um ano, informa ainda a companhia.

Viver em Itália por um 1 euro

Recentemente, a empresa abriu uma candidatura para dar a possibilidade de uma pessoa — juntamente com família (no máximo dois adultos e duas crianças), o companheiro ou um amigo — viver durante um ano numa casa em Sambuca, em Itália.

“É uma casa tradicional de três andares localizada numa pequena vila que se tornou famosa graças à sua campanha “Casas a 1 Euro”. Como em muitas outras localidades italianas, a população de Sambuca tem diminuído ano após ano, pelo que em 2018 foi lançada esta iniciativa para promover o património cultural da área, encorajar o investimento estrangeiro e atrair população mais jovem para revitalizar a povoação e devolvê-la ao seu ambiente alegre e movimentado”, refere a empresa em comunicado de imprensa.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos, estar disponíveis para se mudar para a aldeia na Sicília a 30 de junho de 2022 e durante, pelo menos, três meses consecutivos, e ter um nível de inglês fluente (falar italiano é uma vantagem).

“A pessoa selecionada terá a oportunidade de fazer parte de um programa de orientação: aprender italiano e assistir a aulas de cozinha italiana. Os candidatos devem comprometer-se a hospedar uma divisão da casa durante pelo menos 9 meses”, precisa.

Os interessados podem dirigir-se a airbnb.pt/1eurohouse e completar o formulário, depois de ler atentamente o regulamento disponível no website.

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