Deutsche Bank vive melhor sessão em seis meses
Rumores sobre um eventual corte da multa nos EUA, para menos de metade, levou as ações do banco alemão a dispararem acima de 6%.
O Deutsche Bank teve esta sexta-feira o melhor desempenho bolsista dos últimos seis meses: A apoiar o título estiveram notícias que apontam para a possibilidade de o banco ter conseguido negociar um corte da multa, relacionada com a venda de ativos imobiliários de fraca qualidade durante o subprime, de que é alvo nos EUA.
As ações do maior banco alemão fecharam a valorizar 6,4%, para os 11,57 euros, o que corresponde à maior subida desde abril deste ano. A agência AFP noticiou que o Deutsche Bank está próximo de chegar a um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA que permita reduzir de 12,5 mil milhões de euros (14 mil milhões de dólares) para 4,8 mil milhões de euros (5,4 mil milhões de dólares), o valor da multa pedido para dar como encerrado o processo. A fonte oficial do Deutsche Bank quando confrontada pela Bloomberg com a notícia avançada à agência noticiosa francesa por fonte próxima do processo que não se quis identificar, declinou fazer qualquer comentário.
De salientar que, desde que a 16 de setembro o Deutsche Bank confirmou ter sido multado da multa em causa, as ações bem como a dívida da instituição financeira germânica têm sido fortemente pressionadas.
"O Deutsche Bank caiu tanto como o nível de especulação que circula – a dado momento as pessoas querem tirar lucro das posições curtas.”
Analistas do JP Morgan escreveram numa nota enviada a clientes no início deste mês de que a aplicação de uma multa entre 3 mil milhões de dólares e 3,5 mil milhões daria ao banco margem para fazer face a outros compromissos legais. O banco de investimento acrescentou ainda que cada mil milhões de dólares adicionais de multa iria representar uma perda de 24 pontos base do capital do banco.
De salientar que o Deutsche Bank luta já há algum tempo para se adaptar a uma era de maior exigência em termos de capital e à quebra das receitas de trading. O presidente executivo do banco, John Cryan, já avançou que o Deutsche Bank poderá não apresentar lucros este ano, designando-o como um período de reestruturação que envolve a eliminação de milhares de postos de trabalho e redução dos ativos arriscados.
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