“Há forças de mercado a querer destruir a confiança” no Deutsche Bank
O CEO do Deutsche Bank diz estar à frente de um banco "forte" e que não há motivo para a especulação que se tem gerado em torno da instituição financeira.
O presidente do Deutsche Bank, John Cryan, diz que o banco nunca esteve numa posição financeira tão segura como agora e que “não há fundamento para a especulação mediática” que tem deixado o banco debaixo de fogo nos mercados financeiros.
“O nosso banco tem sido algo de uma tremenda especulação — rumores de que desencadearam uma acentuada queda nas ações”, disse numa carta aos empregados o CEO do Deutsche Bank, esta sexta-feira.
“O nosso trabalho é fazer com que esta distorcida perceção do exterior não influencie os nossos negócios. Há forças de mercado a querer destruir a confiança que existe em nós“, acrescentou Cryan.
Cerca de uma dezena de hedge funds que têm negócios estabelecidos com a instituição financeira alemã acabaram por retirá-los para outras instituições financeiras. Estes hedge funds, que totalizam mais de 800 clientes, moveram parte dos seus negócios para outras entidades esta semana, de acordo com um documento do banco a que a Bloomberg teve acesso.
As ações e a dívida do Deutsche Bank têm estado sobre forte pressão dos investidores depois dos EUA terem anunciado que pretendem aplicar uma multa de 12 mil milhões de euros ao banco alemão, valor próximo do valor de mercado do banco, atualmente avaliado nos 13,8 mil milhões de euros.
Hoje as ações do banco atingiram hoje um novo mínimo histórico. Apresentam uma queda de 6,5% para os 10,17 euros, mas já estiveram a ceder 9% para o valor mais baixo de sempre: 9,89 euros. A queda do Deutsche Bank está a arrastar os restantes bancos e as bolsas da Europa.
Editado por Paulo Moutinho
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