“Eleitores-fantasma” podem distorcer resultados e abstenção
O fenómeno dos “eleitores-fantasma” pode distorcer a abstenção e até mesmo “falsear” o número de deputados por círculo eleitoral. Em causa estão mais de um milhão de emigrantes.
O fenómeno dos “eleitores-fantasma” pode distorcer a abstenção e até mesmo “falsear” o número de deputados por círculo eleitoral. Em causa estão mais de um milhão de emigrantes, avança o Diário de Notícias (acesso livre).
Durante anos, os cadernos eleitorais raramente eliminavam os mortos, o que fazia crescer o número de “eleitores-fantasma”. Desde a década de 90 que esse número tem vindo a baixar, contudo, atualmente a “culpa” dos “eleitores-fantasma” parece ser dos emigrantes. É que os portugueses que vivem fora do país são muitos mais do que os 1,5 milhões de eleitores inscritos fora de Portugal, indica a Comissão Nacional de Eleições (CNE). Serão agora mais de um milhão o número de “eleitores-fantasma” em Portugal.
Segundo o porta-voz da CNE, esta ausência tem uma consequência imediata nos resultados finais. “A abstenção tem valores erróneos. Temos aí uma margem de 10% que não existe, que acaba por não ser real porque as pessoas não vivem cá”, afirma João Tiago Machado, ao mesmo jornal. Já Marina Costa Lobo, doutorada em Ciência Política pela Universidade de Oxford, indica que este facto pode ainda ter “consequências na distribuição de lugares [de deputados] por círculo eleitoral”.
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