Tripulantes acusam CEO da Ryanair de “contínuo desrespeito”

Michael O'Leary é acusado pelos tripulantes de fazer "insultos baratos", "comentários sexistas" e atropelar as leis laborais. Comentário no Twitter origina novas denúncias.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) acusa o presidente executivo da Ryanair de desrespeito para com todos os tripulantes da aviação comercial. Em causa está uma publicação no Twitter, entretanto apagada, em que a companhia low-cost comenta o uniforme dos tripulantes, dando a entender que são pessoas “cujo trabalho é servir Pringles [marca de batatas fritas] durante o voo”, afirma o sindicato.

Depois de um utilizador ter publicado no Twitter uma imagem de um casaco da marca Lacoste e de o ter comparado aos uniformes dos tripulantes da Ryanair, a companhia irlandesa comentou, afirmando: “96 libras para parecer que estás a distribuir Pringles num voo para Berlim”. A publicação, bem como a conta do autor da fotografia, foram entretanto apagadas, mas o SNPVAC guardou o registo, como se vê na imagem.

Em comunicado enviado esta quinta-feira, o SNPVAC entende que aquele comentário da Ryanair dá a entender que “um uniforme de 96 libras seria um desperdício para alguém cujo trabalho é servir Pringles durante o voo”. E, afirmando que “jamais pode deixar passar em claro este tipo de comportamento”, acrescenta que “este tipo de comentários não é novo” na companhia irlandesa.

O sindicato aponta o dedo a Michael O’Leary, acusando o CEO da empresa de desrespeitar novamente os tripulantes de aviação. “Em vez de promover e enaltecer o papel dos tripulantes, Michael O’Leary prefere o insulto barato, os comentários sexistas e o atropelo das leis laborais“, refere o SNPVAC.

Esta organização sindical recorda episódios anteriores, tais como a “declaração inaceitável e sexista” de O’Leary “quando afirmou que, no caso de existirem voos intercontinentais na Ryanair, os tripulantes ofereceriam ‘serviços extra'”. E ainda quando o Tribunal do Trabalho da Maia considerou ilegal o despedimento coletivo de nove tripulantes, obrigando a Ryanair a admiti-los de volta.

“Infelizmente, o contínuo desrespeito com que [O’Leary] trata os tripulantes não é uma novidade naquela companhia”, afirma o sindicato, exigindo que a Ryanair se “retrate publicamente a propósito deste episódio”.

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