Santander lucra 8,1 mil milhões após prejuízos de 2020
O grupo espanhol que detém o Totta registou lucros de 8.124 milhões de euros em 2021, tendo reduzido as provisões, depois de ter apresentado prejuízos em 2020, por causa da Covid-19.
O grupo espanhol Santander fechou 2021 com lucros de 8.124 milhões de euros depois de em 2020 ter apresentado um prejuízo de 8.771 milhões provocado principalmente pelo aumento das dotações para enfrentar a pandemia de Covid-19.
Na informação que enviou à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV) espanhola, o dono do português Santander Totta sublinha que o seu lucro recorrente (ordinário) foi de 8,654 milhões, mais 78% do que no ano anterior, excluindo a despesa líquida de 530 milhões de euros para custos de reestruturação que realizou no primeiro trimestre de 2021.
O banco atribui estes resultados à “retoma da atividade”, com um crescimento de 4% nos empréstimos e 6% nos depósitos, o que permitiu um aumento “sólido” das receitas de comissões, bem como à melhoria da qualidade do crédito, o que reduziu em 37% o nível de provisões para insolvências.
“Os nossos resultados de 2021 demonstram mais uma vez o valor da nossa escala e presença nos mercados desenvolvidos e em desenvolvimento, com lucros atribuíveis 25% superiores aos níveis pré-pandemia em 2019”, considera a presidente do grupo Santander numa declaração escrita.
Ana Botín sublinha que a instituição em todas as regiões e empresas que lhe pertencem está “a proporcionar um crescimento sólido e consistente de primeira ordem”, com os EUA e o Reino Unido em destaque e o Brasil e o Chile como os bancos mais rentáveis.
Segundo o Santander, o lucro subjacente na Europa e América do Norte foi mais do dobro do o mesmo período do ano passado, aumentando respetivamente 110% e 109% em euros constantes, enquanto na América do Sul aumentou 24%.
As provisões foram reduzidas em 37% em euros constantes, uma vez que o grupo libertou cerca de 750 milhões de euros das provisões feitas em 2020.
A solvência, medida pelo rácio de capital de qualidade máxima “fully-loaded” CET1 foi de 12,12%, pretendendo o banco que este indicador fique em cerca de 12% no futuro.
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