Seca é “o grande desafio que estamos a viver” e temos que ter resposta, diz ministra da Agricultura

  • Lusa
  • 3 Fevereiro 2022

Entre as principais prioridades, a governante destacou o abeberamento animal, o acompanhamento do estado das culturas que não se desenvolveram e o levantamento das necessidades de investimento.

A ministra da Agricultura considerou esta quinta-feira que a seca “é o grande desafio” que se vive atualmente, notando que o país tem de ter respostas para mitigar este problema, mas também adaptar-se às alterações climáticas.

“O grande desafio que, neste momento, estamos a viver tem a ver com a seca. É um desafio e temos que ter uma resposta. Sabemos que, além da mitigação, temos de nos adaptar às alterações climáticas”, afirmou a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, no encerramento do 8.º encontro de técnicos da Confagri – Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal.

Entre as principais prioridades, a governante destacou o abeberamento animal, o acompanhamento do estado das culturas que não se desenvolveram, o levantamento das necessidades de investimento em transporte de água e compra de equipamentos para o abeberamento do gado. Acresce ainda a necessidade de continuar a avaliar a possibilidade de instalar pontos de água e cisternas associadas a albufeiras de águas públicas.

Maria do Céu Antunes reiterou que o executivo já entrou em contacto com a Comissão Europeia para reforçar os adiantamentos de medidas de apoio, que permitam mitigar o impacto da seca, e simplificar a atribuição dos respetivos montantes.

Na terça-feira, o Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de eletricidade e para rega agrícola devido à seca em Portugal continental. Para já, há quatro barragens cuja água só será usada para produzir eletricidade cerca de duas horas por semana, garantindo valores mínimos para a manutenção do sistema: Alto Lindoso e Touvedo, no distrito de Viana do Castelo, Cabril (Castelo Branco) e Castelo de Bode (Santarém).

A água da barragem de Bravura, no Barlavento algarvio, deixou de poder ser usada para rega. Para estas cinco, foi adotada uma quota mínima a manter, destinada a garantir o abastecimento de água para consumo humano durante dois anos.

Em conferência de imprensa, o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, indicou, na altura, que há bacias hidrográficas com enchimento acima da média, como Douro e Guadiana, e que poderão ser usadas, tal como a água armazenada nas barragens de Alqueva, Alto Sabor e Tua, para compensar o que falte em outras barragens com menos água.

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