Rendimento das famílias dos países da OCDE 4% acima do valor pré-pandemia
Nos EUA, o rendimento caiu em termos trimestrais, mas é dos que mais aumenta face ao nível pré-pandemia. No conjunto da OCDE, o rendimento está 4% acima desse patamar de 2019.
O rendimento dos agregados familiares dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) está 4% acima do nível registado antes da pandemia. Estes números confirmam que, no conjunto, devido à ação dos Estados e à adaptação das empresas à Covid-19, o rendimento já recuperou e superou os níveis de 2019.
Os dados agregados da OCDE foram divulgados esta segunda-feira e mostram que no terceiro trimestre de 2021 o rendimento real dos agregados familiares per capita aumentou 0,2%, em comparação com o segundo trimestre de 2021.
A subida dos rendimentos foi transversal à maioria dos 38 países da OCDE, o que ajudou a compensar a queda de 1% dos rendimentos nos Estados Unidos — tal está relacionado com efeitos one-off de trimestres anteriores em que os norte-americanos voltaram a receber cheques diretos do Estado federal para estimular a economia. No segundo trimestre, a queda nos EUA tinha sido de 8% em cadeia.
Apesar destas duas quedas consecutivas em cadeia, o rendimento dos norte-americanos per capita está neste momento 5,6% acima do nível pré-pandemia, o que confirma que a retoma dos EUA tem sido mais rápida e mais intensa do que noutras economias avançadas. Apenas o Canadá supera os EUA com um aumento de 7,9% do rendimento dos cidadãos per capita.
Entre as economias do G7, excluindo o Japão (ainda não tem estimativas disponíveis), observou-se o maior aumento do rendimento per capita na Alemanha (+1,1%) e na Itália (+1%). Alargando a comparação a outros países, foi na Áustria que se registou o maior aumento (+8,6%), seguindo-se a Grécia (+5%), a Austrália (+4,4%), Polónia (+3,7%) e a Holanda (+3%).
Já no Chile houve uma redução de 11,7% do rendimento per capita, um número que também é influenciado por efeitos one-off relacionados com ajudas durante a pandemia.
Neste momento, a Organização calcula que o rendimento dos agregados familiares da OCDE per capita esteja 4% acima do nível pré-pandemia registado no quarto trimestre de 2019.
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